“Buscamos despertar nas pessoas o sentimento da preservação”

ABRE ASPAS

“Buscamos despertar nas pessoas o sentimento da preservação”

No mês do patrimônio histórico, a Casa de Cultura abriu a exposição “Rastros do Patrimônio”. Professor do curso de arquitetura e urbanismo da Univates, Jauri dos Santos Sá é o responsável pelo material. Ele desenhou croquis de edificações históricas de Lajeado, de municípios da região e também de fora, inclusive dos tempos medievais. Os trabalhos podem ser visitados até o dia 30 de agosto, das 8h às 16h45min (segunda a quinta-feira) e das 8h às 14h (sextas-feiras)

“Buscamos despertar nas pessoas o sentimento da preservação”
FOTO: MATEUS SOUZA

Como surgiu a ideia da exposição?

Eu já havia exposto esses trabalhos em agosto do ano passado, na Univates. Foi a minha primeira inserção como artista amador. E a Ana (diretora da Casa de Cultura), me convidou ainda em fevereiro. E também veio a ideia de unir a exposição com as comemorações pela data do mês do Patrimônio, pois já ocorreram exposições com este tema em outros anos.

O que as tuas exposições retratam?

De Lajeado, são edificações resgatadas a partir de fotos antigas. São imagens das décadas de 30, 40, 50, que retratam especificamente a região do Centro Histórico. Inclusive algumas residências que não existem mais, e outras que resistem ao tempo. Por isso, o título da exposição: rastros. Pois vem dos vestígios, dessas pegadas que o patrimônio identificado.

Os desenhos de Lajeado chamam atenção, sobretudo das edificações já inexistentes. É uma forma de atrair a atenção dos visitantes?

Um dos croquis retrata a antiga redação e oficina do Jornal Alto Taquari, que muita gente não conhece. A ideia é que desperte a curiosidade no público para que venha visitar a exposição e conhecer mais do nosso patrimônio, da história dessas edificações. Além disso, buscamos despertar nas pessoas o sentimento de preservação a partir das observações dessas imagens.

Um dos trabalhos ganhou o nome “Pau pra toda obra”. O que ele traz para os visitantes?

Essa série destaca a madeira, que é um dos recursos mais antigos no uso das edificações. Aqui temos locais como o Museu do Pão (Ilópolis), a Casa Martelli (Anta Gorda), a capela São Marcos (Arvorezinha). São edificações bastante preservadas.

Você também desenhou edificações de outros países. É fruto de uma vivência particular?

A grande maioria são de registros meus a partir de um período de mais de sete anos residindo em Barcelona, durante o período do doutorado. Então, se originaram de visitas a esses locais e os desenhos foram feitos de forma posterior, durante a pandemia. Eu já havia retornado ao Brasil, mas são imagens que busquei fazer e recuperar os traços a partir da fotografia e vivência. E há algumas que desenhei exclusivamente por foto, como as cidades medievais. É um gosto particular meu.

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