Os candidatos dos municípios da Região Alta ganharão um espaço valoroso no projeto de cobertura das eleições proposto pelo Grupo A Hora, que inclui debates e entrevistas na rádio. E até outubro, o estúdio de Encantado estará movimentado com a presença dos protagonistas da corrida eleitoral que mobiliza os municípios da Amat.
A largada foi dada na segunda-feira, 5, quando recebemos representantes das três coligações encantadenses (foto) para detalhar as regras e definir as datas dos dois debates entre os prefeituráveis (27 de agosto e 30 de setembro, das 10h às 12h), além de sortear a ordem das entrevistas no programa Frente e Verso (Luciano Moresco, dia 23 de setembro, Jonas Calvi dia 24 e Paulo Costi dia 25, sempre às 8h30min).
Joanete Cardoso e Stefanie Casagrande pelo PSDB, Luciano Moresco e Ivete Grun pelo PT e Paula Teixeira e Renato Dalberto pelo PP ouviram com atenção as explicações do nosso coordenador da rádio, Fabiano Conte, sobre o formato dos programas.
Em breve, as coligações e os eleitores de Roca Sales, Muçum, Coqueiro Baixo, Doutor Ricardo, Relvado, Vespasiano Corrêa, Anta Gorda, Putinga, Ilópolis, Arvorezinha e Dois Lajeados também terão conhecimento sobre a agenda de debates com os candidatos desses municípios. E a expectativa é grande!
O recado de Renata!
A empresária Renata Galiotto promete subir o tom da cobrança contra os candidatos de Encantado durante a campanha eleitoral. E a CEO da Ciamed e conselheira da ACI-E pede que a população faça o mesmo e não dê descanso a Luciano Moresco (PT), Jonas Calvi (PSDB) e Paulo Costi (PP).
Renata entende que o cenário econômico e social vivenciado pelos encantadenses, abalados pelas quatro últimas grandes enchentes, exige a apresentação de propostas estratégicas de governo que olhem para o futuro com a intenção de devolver à comunidade o otimismo e, sobretudo, a qualidade de vida. Sem apontar erros do passado, ou criar ambientes para ataques mútuos.
As observações de Renata foram expostas durante comentário no programa Frente e Verso da Rádio A Hora 102,9 FM desta semana e devem ser levadas a sério pelos postulantes a cadeira de prefeito. Afinal, por ser uma respeitada liderança local e por ocupar espaços importantes em grupos de discussão de pautas do setor empresarial, ela tem poder de influência e, certamente, não fala por falar, pelo contrário, traduz o anseio da maioria.
Rafael Fontana sai do PDT
A decisão da desfiliação foi comunicada antes da convenção municipal que definiu o apoio ao PP. No documento encaminhado ao presidente do PDT, em 31 de julho, Fontana argumenta que o tempo dedicado às “atividades profissionais” e o envolvimento voluntário com “ações de reconstrução da nossa cidade, região e estado” lhe impedem de contribuir com as atividades partidárias. Hoje, o empresário é o presidente da Associação SOS Habitar, movimento voluntário que lidera a busca de recursos da iniciativa privada para construir prédios habitacionais.
Uma curiosidade: nos últimos tempos, o PDT de Encantado perdeu Edgar Bizarro, Ricardo KiKorte e Roberto Salton. Hoje, o trio divide-se entre União Brasil, PP e PL, respectivamente. E Fontana, para onde vai?
Os argumentos de PDT e MDB para coligar com PP e PSDB
A definição do cenário eleitoral em Encantado passou pelas decisões de PDT e MDB. O partido do eterno Leonel Brizolla optou pelo apoio à dupla dos progressistas Paulo Costi e Enoir Cardoso, enquanto os emedebistas decidiram coligar com o PSDB do atual prefeito Jonas Calvi. E as duas decisões, como eram de se esperar, ainda repercutem entre os simpatizantes, com comentários favoráveis e contrários.
O mais surpreendente, a meu ver, foi a aproximação do PDT com o PP. Questionei o presidente Everaldo Delazeri sobre os motivos e a resposta revela que a escolha atendeu a uma decisão da maioria dos filiados, que decidiu no voto qual caminho seguir. As alternativas de coligação eram duas: PP ou PT, siglas que procuraram os pedetistas com a real intenção de união, embora o MDB tenha sinalizado a vontade de conversar, porém, sem avanços. “Nossa convenção surpreendeu nosso partido. Talvez na história do PDT de Encantado, essa foi sem dúvida a mais vibrante e empolgante eleição interna, motivada, principalmente, pela forma aberta e transparente implantada pela executiva. Saímos fortes e com a marca da confiança entre os filiados”, me escreveu Everaldo, que espera uma “eleição saudável”, focada na “apresentação de propostas”.
Do lado do MDB, o presidente Celso Cauduro explica que adotou a estratégia de criar um conselho interno de apoio, fato que contribuiu para unificar o partido. Celso admite que as conversas com os tucanos iniciaram ainda em novembro do ano passado e o nome do advogado Gustavo Mezzomo, o Guto, era o indicado da sigla, porém, recentes pesquisas colocavam o nome de Baixinho Orsolin em posição melhor. “Como presidente desse conselho, o Guto optou humildemente por deixar espaço para o Baixinho, a fim de não gerar conflitos. Desde quando o Adroaldo (PSDB) concorreu com o Enoir (PP), em 2016, não se juntava o MDB como agora. Nomes fortes voltaram”, comemora Celso.
Eu pergunto:
Qual município da região alta terá a disputa mais acirrada nas eleições?