Demissões desaceleram e região fecha semestre com saldo positivo

APÓS ENCHENTES

Demissões desaceleram e região fecha semestre com saldo positivo

Ao todo, foram abertos 1.068 postos de trabalho nos seis primeiros meses de 2024, conforme dados do Caged. Depois de um maio caótico na geração de empregos, junho ainda registra desempenho negativo, mas num patamar menor

Demissões desaceleram e região fecha semestre com saldo positivo
(Foto: Filipe Faleiro)
Vale do Taquari

O abalo econômico causado pela maior catástrofe climática da história da região interfere sobre o mercado de trabalho. A geração de empregos formais, que esteve em alta, foi impactada a partir de maio. Mas o saldo do primeiro semestre ainda é positivo. Essa é a constatação a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Levantamento feito com base nos números das 38 cidades do Vale indicam que, entre janeiro e junho deste ano, foram criados 1.068 novos postos de trabalho, reflexo de 33,2 mil contratações e 32,2 mil desligamentos. O acumulado, no entanto, é inferior aos 2,1 mil registrados no mesmo período em 2023.

No recorte por município, o melhor desempenho na criação de empregos formais ficou com Teutônia. A segunda cidade mais populosa do Vale fechou o semestre com saldo positivo de 488, a frente de Lajeado, com 472. Afetada pela crise do setor de proteína animal em 2023, Westfália dá sinais de retomada, ao fechar os seis primeiros meses deste ano com o terceiro melhor saldo: 173.

Por outro lado, das 15 cidades que registraram mais demissões do que admissões no período, a maior parte são de municípios severamente atingidos pela enchente de maio. Roca Sales, por exemplo, fechou 286 postos de trabalho, enquanto Arroio do Meio encerrou 162. Na sequência, aparecem Estrela e Encantado.

Junho negativo

Depois de fechar maio com o pior desempenho mensal em quatro anos, a região voltou a registrar saldo negativo no mercado de trabalho em junho. Porém, houve melhora nos índices. No mês marcado pela enchente histórica, foram 2.017 postos de trabalho fechados, enquanto desta vez ficou em 362.

Vinte dos 38 municípios mais demitiram do que contrataram em junho, ainda impactadas pelas inundações. Lajeado, por exemplo, fechou 119 postos no período, superado apenas por Roca Sales. Já o melhor saldo do mês ficou justamente com Westfália, com 112 contratações a mais do que demissões.

Diversificação

Secretário de Indústria, Comércio e Turismo de Teutônia, Guilherme Engster ressalta que a crise enfrentada pela Languiru obrigou o município a buscar alternativas para diversificar a economia local e ficar menos dependente da cooperativa.

“Também precisávamos diversificar a mão de obra para criarmos novos empregos em áreas distintas. Se dá problema em uma área, outra consegue crescer, gerando um equilíbrio. Trabalhamos nisso há algum tempo e os dados do Caged neste semestre referenda isso, o que nos deixa muito felizes”, afirma.

Engster acredita que o volume de empregos criados no semestre deve se manter ao longo de 2024, impulsionado pela chegada de novas empresas. “Com certeza, vamos manter esse ritmo, com empresas que vão começar a gerar emprego nos próximos 90 dias, 180 dias”.

Melhores e piores resultados do semestre:

  1. 1º Teutônia: 488
  2. 2º Lajeado: 472
  3. 3º Westfália: 137
  4. 4º Bom Retiro do Sul: 118
  5. 5º Fazenda Vilanova: 81
  6. 34º Doutor Ricardo: -17
  7. 35º Encantado: -32
  8. 36º Estrela: -86
  9. 37º Arroio do Meio: -162
  10. 38º Roca Sales: -286

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