Delegados retomam voto de silêncio em protesto a reajuste proposto por Leite

POLÍCIA CIVIL

Delegados retomam voto de silêncio em protesto a reajuste proposto por Leite

Categoria afirma que recomposição de 12% não é suficiente para suprir defasagem acumulada desde 2014

Delegados retomam voto de silêncio em protesto a reajuste proposto por Leite
Imagem ilustrativa (Foto: divulgação)

Os delegados do RS decidiram retomar o voto de silêncio a partir desta sexta-feira, em protesto contra a reforma de carreiras proposta pelo governo Eduardo Leite. A categoria, que já havia adotado a mesma medida no início do ano e no final de 2023, optou por não divulgar mais detalhes de operações nas redes sociais e suspender entrevistas à imprensa.

O pacote de reformas do Executivo Estadual prevê uma recomposição salarial de 12% para os servidores da Segurança Pública, abrangendo a Polícia Civil, Brigada Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Instituto-Geral de Perícias e Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). O aumento será dividido em três etapas, com reajustes de 4% em janeiro e outubro de 2025, e em outubro de 2026, com um impacto estimado superior a R$ 1 bilhão nas contas públicas.

Contudo, a Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (Asdep) considera a correção insuficiente. Segundo a entidade, a categoria acumula uma defasagem salarial superior a 64% desde 2014. “Os indicadores da Segurança Pública no estado nunca foram tão bons. Os números demonstram que mês a mês houve redução no roubo de veículos, latrocínios e homicídios, além de combate a facções e apreensões recordes de drogas. Por isso questionamos: essa é a valorização que o governo entende que nos cabe? A situação está insustentável”, afirmou o presidente da Asdep, delegado Guilherme Wondracek.

Além do voto de silêncio, a associação divulgou uma nota com outras medidas restritivas. Não há previsão para o retorno da categoria à normalidade.

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