Projeto do Hospital Moinhos de Vento visa reduzir custos e morbidade da asma

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Projeto do Hospital Moinhos de Vento visa reduzir custos e morbidade da asma

Iniciativa vai selecionar 40 unidades de saúde de todas as regiões do Brasil

Projeto do Hospital Moinhos de Vento visa reduzir custos e morbidade da asma
CuidAR está no segundo triênio e vai incluir 960 participantes ao todo. (Foto: divulgação)
Porto Alegre

Doença respiratória crônica, a asma afeta cerca de 20 milhões de brasileiros. Desse total, apenas 12,3% têm a enfermidade controlada, o que aumenta, assim, a necessidade de atendimento médico de emergência e internações hospitalares. Além disso, a baixa adesão aos tratamentos aumenta a mortalidade.

Para melhorar esses indicadores, o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, lidera o projeto CuidAR, que tem como objetivo reduzir a morbidade e os custos da doença no país. Em parceria com o Ministério da Saúde por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS), o estudo entra neste ano, no segundo triênio.

O projeto vai selecionar 40 unidades de saúde de todas as regiões do Brasil. Elas serão divididas em dois grupos: controle e intervenção. O primeiro vai fazer os atendimentos conforme a rotina do local. Já o segundo, contará com uma equipe multiprofissional capacitada previamente por um curso autoinstrucional à distância.

“Ao término da coleta de dados, vamos avaliar o impacto da capacitação de profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) por meio de indicadores, como hospitalização e visitas à emergência por asma, controle da doença, qualidade de vida, função pulmonar e custos para a saúde pública”, explica a líder do projeto, Ana Paula Tussi.

Além da qualificação dos profissionais, o estudo prevê analisar a utilização do peak flow meter (medidor de pico de fluxo expiratório) como ferramenta diagnóstica na APS. “Esse equipamento custa aproximadamente 60 vezes menos que um espirômetro e pode auxiliar na diminuição do número de encaminhamentos para centros especializados e filas de espera”, justifica a especialista.

Cada unidade deve recrutar 24 pacientes – totalizando  960 participantes –, que serão acompanhados por 12 meses e terão acesso a exames como peak flow meter e espirometria. O projeto segue até 2026. Em Lajeado, a Estratégia de Saúde da Família  Olarias (Rua Cristiano Schneider 238) participa da iniciativa.

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