Movimento gaúcho cobra ações e medidas de apoio aos agricultores

SOS AGRO

Movimento gaúcho cobra ações e medidas de apoio aos agricultores

Grupo SOS Agro programa para sexta-feira, uma manifestação em Rio Pardo. Movimento conta com a participação de produtores do Vale do Taquari

Movimento gaúcho cobra ações e medidas de apoio aos agricultores
Em Linha Cairú, Flávio e Mathias Henz calculam os prejuízos na propriedade (Foto: Gabriel Santos).

Formado após as enchentes de maio, o grupo SOS Agro busca mobilizar produtores rurais no momento crítico enfrentado em muitas propriedades. A manifestação está programada para a próxima sexta-feira, 19, em Rio Pardo, no parque da Expoagro Afubra.

O objetivo é reunir produtores rurais de diversas regiões. “As perdas foram incalculáveis. Lavouras destruídas, animais mortos e infraestrutura rural danificada. A produção de alimentos está em risco, ameaçando a segurança alimentar da nação”, afirma Lucas Scheffer, um dos organizadores do movimento.

Ele ressalta a urgência de ações conjuntas para garantir o futuro do agro gaúcho. O movimento conta com mais de 6 mil produtores em grupos de whatsapp. A intenção com as mobilizações é de apoio às reivindicações da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag).

Mais de 20 mil pessoas são esperadas. A primeira manifestação do movimento ocorreu em Cachoeira do Sul, durante a abertura da FenaArroz, onde uma carta com reivindicações foi entregue ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Inicialmente, estava prevista uma mobilização em Porto Alegre, mas os organizadores decidiram focar no evento em Rio Pardo para aumentar a pressão sobre o governo federal.

Sem crédito

Scheffer também destaca a dificuldade enfrentada por muitos produtores em acessar o Plano Safra, devido a restrições de crédito e endividamento. “Precisamos de um fundo garantidor para ajudar os agricultores a recuperar suas atividades”, concluiu.

No RS, mais de 206 mil propriedades rurais foram afetadas pelas enchentes. No meio rural,19.190 famílias tiveram perdas relativas às estruturas das propriedades, como casas, galpões, armazéns, silos, estufas e aviários.

Em Linha Cairú, no interior de Travesseiro, Flávio Henz e o filho Mathias perderam oito hectares da lavoura de milho e outros cinco hectares de pastagens. Para alimentar o rebanho leiteiro a saída encontrada foi recorrer aos donativos enviados por outros agricultores.

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