Criado para concentrar as ações de apoio ao Rio Grande do Sul após a enchente de maio, o Ministério da Reconstrução pode ser extinto em setembro, quando encerra a vigência da medida provisória 1.220/2024, que cria a secretaria extraordinária com status de ministério. Nos bastidores, o cenário indica que não serão feitos esforços pelo governo federal para o congresso prorrogar a vigência da pasta.
Em entrevista ao Conexão Regional da Rádio A Hora, o secretário executivo do Ministério da Reconstrução, Maneco Hassen, não descartou o retorno dele e do ministro Paulo Pimenta para a Secretaria de Comunicação (Secom).
“Se tem alguém que não abandona o Rio Grande do Sul independente do cargo é o ministro Paulo Pimenta, é um apaixonado pelo estado e não mede esforços para trabalhar pelo RS. Independentemente de qual ministério ele estará ocupando, o Rio Grande do Sul vai ser a prioridade absoluta”, garante.
A medida provisória foi assinada em 15 de maio, após aprovação do congresso. No documento assinado pelo presidente Lula, a pasta tem previsão. Pela regra, a MP vigora por 60 dias com prorrogação pelo mesmo período. Para seguir ativa, a ação governista precisa do aval do congresso.
“Se depender do Pimenta, ele fica no estado ajudando na reconstrução. Se não for aprovado, o ministério é extinto, mas se constrói uma alternativa para seguir trabalhando. O nome do cargo não importa, vamos seguir na ajuda pelo nosso estado”, resume.
Os integrantes da Reconstrução intermediam demandas do Rio Grande do Sul com os demais ministérios, além de ouvir líderes dos municípios e iniciativa privada, além de organizar a distribuição dos recursos em todas as áreas.
Os auxílios para empresas em números
Maneco afirma que o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) firmou no Vale do Taquari 2.460, o que representa R$ 220 milhões. Uma nova leva do programa disponibiliza mais R$ 2,5 bilhões para o RS. Em relação as grandes empresas, foram contratados R$ 4 bilhões entre 1,2 mil empresas. “Aumentamos o valor para capital de giro que era algo pedido pelas empresas. Também alteramos a regra que obrigava os empresários a investir os valores recebidos na mesma cidade”, complementa.
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