“A Ecobé quer salvar o Morro Gaúcho”

ENTRE ASPAS

“A Ecobé quer salvar o Morro Gaúcho”

Elisabete Barreto Müller detalha papel da ONG na proteção ambiental e na criação de uma unidade de conservação da área

“A Ecobé quer salvar o Morro Gaúcho”
Elisabete Barreto Müller (Foto: Rodrigo Gallas)
Vale do Taquari

Em comentário, Elisabete Barreto Müller, sócia-fundadora da ONG Ecobé, com o slogan “Vida Longa para o Vale”, destacou o papel fundamental da organização na proteção ambiental do Morro Gaúcho e na criação de uma unidade de conservação para a área.

Fundada em 2000 com uma das preocuçaões era de preservar o morro gaúcho, a Ecobé tem sido uma voz incansável ao longo dos últimos 24 anos. Para Bete Müller, como é conhecida, a região não recebeu a devida atenção em termos de conservação, apesar de ser um dos remanescentes florestais mais significativos do Vale do Taquari. “O morro abriga uma rica diversidade de animais, plantas, córregos e nascentes, além de ser um ponto de encontro para diversas comunidades, incluindo o morro São José. O local rico em grandeza e potencial atrai apreciadores da natureza oferecendo espaço de lazer, passeio, além da prática de atividades esportivas”.

Ela enfatiza a importância de transformar o morro gaúcho em uma unidade de conservação, dividida em duas partes: Área de Proteção Ambiental (APA), que envolve todo o morro, e uma Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), destinada à preservação de características naturais únicas e à promoção do ecoturismo sustentável. “Essa medida não apenas protegeria o ambiente, mas também impulsionaria a economia local, gerando empregos e oferecendo opções de entretenimento para os visitantes”.

Um dos principais pontos de preocupação levantados por Elisabete é em relação ao projeto de construção do Monumento no Morro Gaúcho. “A Ong Ecobé é contra essa construção. No campo das ideias somos contrários. Esse empreendimento causaria um grande impacto ambiental”. Elisabete questiona também a validade do projeto original, apresentado antes do desastre natural. “Queremos saber mais sobre essa aprovação da licença prévia, especialmente em relação à falta de assinaturas e à ausência de comunicação com o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Codemam)”.

Elisabete também destacou a preocupação com a possível derrubada de 2.161 espécies de árvores nativas para a implementação do empreendimento, e divulgou o número do processo em tramitação (01712000174/2023), incentivando o público a se informar e acompanhar os desdobramentos desse importante debate ambiental.

O trabalho da Ecobé pelo morro gaúcho continua, com o objetivo de garantir sua proteção e preservação para as gerações futuras. “A Ecobé quer salvar o morro gaúcho”.

Acompanhe a entrevista na íntegra

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