CIC de Anta Gorda trabalha para obter recursos às empresas afetadas

AUXÍLIO

CIC de Anta Gorda trabalha para obter recursos às empresas afetadas

Município foi o terceiro maior em número de deslizamentos de terra no RS, mas não foi reconhecido como em estado de calamidade pública

CIC de Anta Gorda trabalha para obter recursos às empresas afetadas
Quantidade de deslizamentos de terra foi uma das maiores marcas da tragédia climática de 2024. (Crédito da imagem: Matheus Giovanella Laste)
Anta Gorda
oktober-2024

A agência americana Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) mapeou em maio desse ano as ocorrências de deslizamentos de terra que atingiram o Estado. O resultado estabeleceu quase quatro mil pontos com movimentação de massa, a maioria na região da Serra Gaúcha. O município com maior número de incidências foi Veranópolis com 270 registros, e em terceiro lugar Anta Gorda com 219.

O volume se destaca com maior abrangência pelo fato do município ter sido reconhecido como em estado de emergência pelo Estado e não como calamidade pública. E essa diferenciação influencia em outro aspecto essencial para o desenvolvimento da cidade: o auxílio as empresas afetadas pelo desastre climático. O presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Anta Gorda, Rafael Pavan, se empenha para verificar as possibilidades existentes de apoio ao comércio local diante desse contexto.

“Estamos verificando o motivo do município não ser considerado em calamidade pública mesmo com todos esses deslizamentos que tivemos. E isso é importante porque muda as linhas de crédito também, de Anta Gorda e região. Muitas empresas daqui foram atingidas indiretamente pelos desmoronamentos, foram poucas de forma direta”, explica
Pavan. O presidente da entidade percorreu alguns bancos no Vale para entender melhor como funcionará o auxílio aos empreendimentos.

Uma das possibilidades apresentadas foi o Pronampe Solidário, programa no qual as empresas podem contratar o valor máximo de 60% do faturamento do ano anterior, limitado a R$ 150 mil. A linha de crédito é subsidiada para municípios
com estado de calamidade pública reconhecido pelo Governo Federal, com amortização de 40% na contratação dos recursos. “Mas cidades com decreto de emergência não se encaixam”, aponta Pavan.

Essas questões vêm pontuando o trabalho da CIC, com debates com os bancos, governo municipal e entidades para buscar um enquadramento melhor para Anta Gorda. “Vamos seguir com o apoio ao associado nessa busca por recursos e linhas de crédito. É um trabalho muito forte com esse foco”, salienta o presidente.

Os municípios com mais deslizamentos:

1º Veranópolis: 270
2º Bento Gonçalves: 229
3º Anta Gorda: 219
4º Cotiporã: 162
5º Dois Lajeados: 145
6º Pinto Bandeira: 102
7º Relvado: 88
8º Antônio Prado: 83
9º Nova Roma do Sul: 79
10º Roca Sales: 78
11º São Valentim do Sul: 76
12º Guaporé: 72
13º Putinga: 71
14º Flores da Cunha: 68
15º São José do Herval: 60
16º Encantado: 58
17º Nova Pádua: 48
18º Santa Tereza: 45
19º Marques de Souza: 43
20º Fontoura Xavier: 42
21º Muçum: 42
22º Farroupilha: 39
23º Doutor Ricardo: 38
24º Fagundes Varela: 33
25º Capitão: 29
26º Travesseiro: 26
27º Coronel Pilar: 25
28º Vespasiano Corrêa: 24
29º Coqueiro Baixo: 22
30º Nova Bréscia: 22

Anta Gorda foi reconhecido como em estado de emergência ainda e maio de 2024. (Crédito da imagem: divulgação)

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