Grupo revela os resultados parciais das análises para mapa da erva-mate

produção regional

Grupo revela os resultados parciais das análises para mapa da erva-mate

Indicação geográfica distingue produto pela maneira de cultivo, características do solo, aspectos históricos e culturais. Objetivo das análises é proporcionar criação de selo de origem

Grupo revela os resultados parciais das análises para mapa da erva-mate
Em abril uma comitiva com 45 pessoas de Arvorezinha, Ilópolis, Doutor Ricardo, Itapuca, Fontoura Xavier, Anta Gorda e Putinga foram até Bento Gonçalves conhecer o processo de IG (Foto: Matheus G. Laste)

Na sede do Instituto Brasileiro da Erva-Mate (Ibramate) ocorreu a apresentação dos resultados parciais das primeiras análises de erva-mate em busca da Indicação Geográfica (IG) do Alto Taquari. A IG é uma classificação que indica que um produto é patrimônio regional, onde normas e regras específicas já estão organizadas para preservar esta identidade. Um dos critérios para alcançar esse reconhecimento é que o objeto já seja parte da cultura do povo, tenha uma história de vínculo com a comunidade e esteja dentro de uma determinada área demarcada.

O trabalho de pesquisa foi conduzido por uma equipe de professores do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Na reunião estiveram presentes o presidente da Associação dos Amigos e Parceiros da Erva-mate, Clóvis Roman, o prefeito de Ilópolis, Edmar Rovadoschi e representantes da Emater, Sebrae e ervateiras que participam dos grupos de trabalho para a construção da IG da Erva-mate do Alto Taquari. A região possui 73 agroindústrias de erva-mate registradas e concentra 55% dos produtores do Estado.

Segundo a integrante da AA Erva-mate, Ariana Maia, os resultados parciais se baseiam em amostras de dois ciclos da planta, a brotação e a frutificação. “E nas próximas semanas estaremos realizando a coleta do período de dormência da erva-mate, do repouso vegetativo. São esses três ciclos que vamos avaliar para definir as características das erveiras da região”, explica. O solo também será trabalhado pelos pesquisadores. A expectativa é conseguir a classificação de IG em 2025.

A reunião explanou o andamento da pesquisa que iniciou no fim de março (as enchentes paralisaram por um período). As informações reveladas foram quantitativas em relação à quantidade de compostos buscada, sejam eles voláteis ou não voláteis. Além do departamento de engenharia de alimentos e o instituto de química da universidade, esse trabalho de pesquisa para a IG da erva-mate deu abertura para que professores da Univates e Unisc sejam informados dos dados preliminares e possam contribuir para o estudo.

Comitiva no Vale dos Vinhedos

Uma comitiva com 45 pessoas de Arvorezinha, Ilópolis, Doutor Ricardo, Itapuca, Fontoura Xavier, Anta Gorda e Putinga (os municípios da Região Alta que a IG deve comportar) foram até Bengo Gonçalves em abril para observar e discutir sobre o processo empregado no Vale dos Vinhedos quando eles conquistaram a sua IG com seus produtos vinícolas. A primeira parada da comitiva foi na Unidade Descentralizada da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O local desenvolve ações de pesquisa com uva, vinho, maçã e outras fruteiras de clima temperado.

Em janeiro o projeto-piloto para a busca da IG foi apresentado na Câmara de Vereadores de Ilópolis. Na ocasião, os presentes foram informados das potencialidades que a denominação pode valorizar ao setor. A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (SEAPI) iniciou em 2022 a pesquisa que objetiva investigar e apontar elementos relacionados ao território que singularizam a erva-mate na Região Alta.

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