Arquitetos e Urbanistas sugerem plano diretor regional ao Vale

ENTREVISTA | FRENTE E VERSO

Arquitetos e Urbanistas sugerem plano diretor regional ao Vale

Projeto traria um planejamento mais adequado para esses momentos de catástrofes ambientais

Arquitetos e Urbanistas sugerem plano diretor regional ao Vale
Arquiteto Urbanista e Doutor em Ciência Ambiental, Rodrigo Spinelli (Foto: Rodrigo Gallas).
Vale do Taquari

A necessidade da elaboração de um plano diretor regional foi assunto durante entrevista ao programa Frente e Verso desta quinta-feira, 16, com o Arquiteto Urbanista e Doutor em Ciência Ambiental, Rodrigo Spinelli. A partir da visão de que o rio não passa por um município, mas por todos e a ajuda precisa ser unificada, a elaboração e integração regional traria um planejamento mais adequado para momentos de catástrofes ambientais.

Conforme Spinelli, devido à presença de áreas ambientalmente vulneráveis, principalmente nas encostas do rio, não há como trabalhar de forma mais isolada. “Sabemos que o Vale é a segunda região do estado em produção agrícola, nesse sentido, também existe uma forma de preservar essas regiões, a agricultura faz parte do espírito do Vale do Taquari.”

Ele ressalta que uma ferramenta para poder pensar que esse plano diretor integrado possa realmente ocorrer já existe na previsão do governo federal até por questões de lei e regramento. O Estatuto das Metrópoles, de 2015, prevê os planos integrados e existe o Fundo Nacional do Desenvolvimento Urbano Integrado que prevê a unificação de cidades para que se possa desenvolver esses planos.

“Estamos recebendo muitos recursos do governo federal para poder desenvolver planejamentos, reparos e, para isso, talvez seja fundamental criar um grupo de trabalho na região com participantes dos municípios para poder desenvolver esse projeto. Outra ideia é fazer um consórcio dos municípios para que possa contratar profissionais técnicos habilitados para trabalhar nessa organização desse plano regional que poderia regrar áreas a serem desocupadas, a reurbanização, todos agregados ao plano macro.”

Em áreas de bairros que não podem mais ser ocupadas, Spinelli reforça que uma das opções poderia ser os parques, os chamados “parques esponja” como, por exemplo, o Parque dos Dick, Parque Ney Arruda, que servem para captar o excesso das águas para que não invada outras partes da cidade.

O BNDES possui uma linha de crédito de R$ 10 bilhões voltada para projetos ambientais. “A exemplo, é refazer as matas ciliares, com o reflorestamento que permita o manejo para a população local ter subsistência”.

Ainda, um plano diretor regional pode incluir questões como, tratamento de esgoto para a região toda, coleta de lixo, transporte público, planejamento para o futuro das rodovias que conectam os municípios, ciclovias, mais pontes, um plano que pode ser pensado para os próximos 30 anos.

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