Composto por professores universitários, técnicos, geólogos e outros profissionais, um grupo de voluntários faz estudos sobre as cheias e áreas de risco na região e divulga cartilha com orientações.
Coordenador do projeto, o geólogo de Arroio do Meio, Leandro Petry, diz que o grupo se preocupa com o cenário de quedas de barreira. “A gente está aqui com uma pluviosidade alta de novo na região. Tem cidades em encostas densamente povoadas, que tem ainda pessoas em situação de isolamento”, ressalta.
De acordo com Petry, os materiais formulados pelos voluntários serão disseminados em grupos de WhatsApp, para que chegue aos representantes dos municípios e à comunidade em geral, com um diagnóstico prévio da região.
“Muitas vezes, até aquele que vai estar realizando um trajeto que não é corriqueiro do poder público, que possa acionar as administrações quando perceberem alguma irregularidade”. O que pode ser observado são rachaduras, estruturas trincadas, uma árvore inclinada, mudança em uma sanga, entre outros sinais. Uma vez notificado, o espaço deve passar por avaliação mais minuciosa.
“Esses itens são importantes para que a gente também direcione os nossos esforços enquanto técnicos, para poder garantir uma segurança para a recuperação das residências”, afirma Petry.
Em relação aos deslizamentos, o geólogo explica que a primeira cheia do mês causou muitas novas estruturas de instabilidade nas encostas e, agora, mesmo com um volume menor de chuvas, pode ocorrer risco de desmoronamento.
“Não é porque seu terreno não teve deslizamento que sua residência está segura. Se sentir algum receio, deve comunicar o poder público municipal que vai entrar em contato conosco para as vistorias”. Ele destaca que antes de pensar nas estruturas perdidas, a comunidade deve preservar a vida.