O prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, enquanto lidera a frente de trabalho visando o atendimento emergencial e humanitário de centenas famílias que seguem fora de casa, empregos ou com os serviços básicos de água e luz interrompidos, já projeta o futuro das regiões mais atingidas pelas cheias na cidade.
No plano de reconstrução que será enviado pelo Município à Defesa Civil Nacional, os investimentos em moradias, escolas e posto de saúde serão apresentados para nova área em Vila Estância Nova. “Estamos respeitando o momento e o luto de todos nessa catástrofe, mas a decisão de não investir mais em Vila Mariante está tomada. Temos que entender que as enchentes no local estão se tornando cada vez mais recorrentes e o perigo é iminente. A comunidade onde Venâncio nasceu deverá se transformar em um local para veranistas e pequenos comércios, mas já estamos projetando a retirada das famílias que desejarem ir para zonas mais seguras de moradia”, revelou o prefeito com relação ao futuro de Vila Mariante.
Em conversa com moradores desabrigados, empresários e lideranças, o Rosa adianta que projeta um novo loteamento junto ao terreno do antigo Instituto Penal Mariante, em Vila Estância Nova. “Já solicitei a cedência jurídica pelo Estado da área que fica ao lado do novo Distrito Industrial. Lá tem Posto de Saúde, Escola Estadual, ginásio próximo e toda a infraestrutura capaz de formarmos uma nova e segura vila populacional”, ressalta.
Também a Emei Closs, localizada no bairro União, que sofre com recorrentes enchentes, também não receberá mais investimentos no mesmo local. “Já tínhamos uma nova construção cadastrada para transferir essa escola de local e essa enchente só acelerou o processo. O poder público precisa ter responsabilidade quanto ao rumo dos investimentos”, finalizou.
Enquanto os levantamentos de desabrigados e necessidades de investimentos estão ainda em fase inicial, outra proposta que integra o Plano de Trabalho da Defesa Civil Municipal e será entregue ao Estado e ao Ministério da Integração Nacional diz respeito à alteração no traçado da ERS-130, em Vila Mariante, desviando assim o trajeto da rodovia que hoje costeia a beira do rio a cada enchente mais assoreado.