Por conta de várias comunidades da região de Vila Mariante terem sido fortemente atingidas pela enchente provocada pelo Rio Taquari, vereadores lançam movimento para criar loteamento popular, em área não alagável, em Vila Estância Nova. A intenção é mudar legislação estadual que repassou área para a Prefeitura, a partir de 2017, para fins industriais, mas, agora, os parlamentares defendem que uma parte seja reservada para edificação de casas populares.
O movimento foi iniciado pelo vereador Nelsoir Battisti (PSD), e que recebeu ao longo da sessão, realizada na noite desta quinta-feira, dia 9, apoio de outros colegas. Dos 83 hectares recebidos, na oportunidade, do Estado, Battisti sugere que pelo menos 20 hectares sejam destinados para o loteamento residencial. O vereador Ezequiel Stahl, do PL, disse que garantir moradias organizadas em área próxima a distrito industrial pode significar novo desenvolvimento econômico e social para aquela região.
Vereador do 2º Distrito, que teve residência e empreendimento invadido pelas águas, César Garcia, do PDT, sugere, inclusive, que o local seja denominado de “Novo Mariante”. Já sobre o futuro de Vila Mariante, o vereador Renato Gollmann (Podemos) defende que aquela área seja reservada apenas para construção de residências de veraneio. “Que o Mariante seja transformado em balneário como já ocorre com o Monte Alegre, em Vale Verde, banhado pelo rio Jacuí”.
Apartamentos
A presidente do Legislativo, Claidir Kerkhoff Trindade (Republicanos), e a vereadora Sandra Wagner (PSB) ressaltaram a importância da Caixa Econômica Federal destinar os apartamentos em desuso no condomínio popular Bela Vista para os desalojados pela enchente. Claidir informou que existem sete unidades desocupadas e que agora se dará agilidade para garantir o repasse aos atingidos pelo Rio Taquari em Vila Mariante.
Num primeiro momento foi aprovada uma moção, endereçada ao Governo do Estado e também para a Assembleia Legislativa, mas na sequência vereadores buscarão suas bancadas no parlamento gaúcho para agilizar a mudança na lei estadual. Além disso, enquanto que o plenário Vicente Schuck, atingido pela cheia do Arroio Castelhano, passar por reformas, os encontros semanais dos vereadores serão realizados no segundo piso do Legislativo.