O Dia Nacional de Combate ao Uso de Álcool e Drogas é marcado por palestra e conscientização nesta terça-feira, 20. Na noite de hoje, das 19h às 21h, a comunidade é convidada para um evento no Labilá, organizado pelo Grupo Sobriedade e Grupo Voo Livre, com apoio do Pacto Lajeado pela Paz.
A iniciativa busca compartilhar o trabalho dos Alcoólicos Anônimos (AA), como um plano de recuperação. “É um evento aberto ao público, para os familiares e quem tem problemas com álcool, com drogas. É uma questão de saúde pública”, destaca Jairo Fabiano Cardoso, o Stampinha, integrante do Grupo Sobriedade.
O evento conta com palestra do consultor em dependência química, Eduardo Kaufmann, e do também consultor em dependência química Décio Horn, de Estrela. Haverá ainda depoimentos de membros de Alcoólicos Anônimos.
“A gente troca experiências entre nós mesmos, e isso vai nos deixando cada vez mais fortes no propósito de não beber”, reforça Stampinha.
Em recuperação há dois anos, ele diz que os encontros trazem qualidade de vida e proporcionam uma vivência sem dependências. “A família da gente fica tranquila, feliz, a gente adquire credibilidade novamente. Resgatamos nossa identidade e nos tornamos pessoas melhores todos os dias graças a essas reuniões”.
O evento ainda conta com o sorteio do livro “Nasci para o quê?”, autobiografia de Roque Lopes, fundador da Clínica Central.
Espaço coletivo
O Grupo Sobriedade, de Lajeado, retornou às atividades em junho de 2022. Antes, as reuniões eram feitas em uma igreja evangélica e no posto de lavagem de Stampinha, até que foram transferidas ao antigo posto de saúde do bairro Universitário, com incentivo do poder público e da Associação Nacional de Saúde Mental, em caráter emergencial. A instituição busca, agora, a possibilidade de ter o espaço como lugar definitivo para as reuniões.
Hoje, funciona no local, tanto o Grupo Sobriedade, quanto o Grupo Voo Livre de Narcóticos Anônimos. A ideia é também oferecer um grupo de apoio às famílias, além de outros serviços de recuperação e assistência social, psicológica e psiquiátrica.
“Nós mesmos estamos mantendo limpo, organizado. Queremos fazer um jardim nos fundos, colocar bancos, flores, fazer um lugar bacana onde a gente possa se sentar, ler livros, e assim por diante”, reforça Stampinha. Hoje, entre 20 e 25 pessoas são atendidas no espaço.
