O programa Frente e Verso desta terça-feira, 13 recebe o gerente-adjunto da Emater de Lajeado, Carlos Lagemann fala sobre a falta de chuva na região do Vale do Taquari e os efeito com a falta de humidade no solo que deve interferir nas culturas de soja e milho.
“Ele afirma que as culturas terão algum impacto, obviamente, no caso da soja, no Vale. “Cerca de 25% da soja está em início de floração e 45% em floração, ou seja, 70% da soja num estágio onde precisaria de água disponível, necessários de dois a três milímetros de chuva por dia, ou seja, 15 a 20 milímetros por semana para suprir as suas necessidades e numa fase de floração, de cinco a sete milímetros por dia, algo em torno de 40 a 50 milímetros por semana”, explica Lagemann.
Já no caso do milho, outra cultura importante no ponto de vista de grãos como da silagem, para garantir o estoque de forragem para passar os meses onde não há produção, é de praxe o agricultor produzir o milho como principal forrageira da produção leiteira, com a oferta em forma de silagem.
O milho precisa na sua fase inicial de desenvolvimento, quatro milímetros diários de chuva, visto que a partir dos 60 dias, quando inicia a floração do pendão e a polinização das espigas, é necessário de seis a sete milímetros por dia.
“A maioria das lavouras de milho grão, já passaram da fase de floração, enquanto as de silagem cerca de 10% se encontram em floração, ou seja, em fase crítica”, aponta.
Expectativas
Na região, poucos produtores dispõem de sistemas de irrigação para lavoura, ficando dependentes das chuvas. O agricultor, infelizmente não há muito o que fazer devido essa falta ou excesso de chuva.
Conforme Lagemann, o papel fundamental da Emater é orientar o agricultor para estruturação do solo e da sua propriedade para que haja possibilidade de armazenagem da água da chuva em caso de estiagem e condição de conviver com o excesso dela.
“Muitos municípios do estado aderiram ao projeto do governo do estado para a criação de microaçudes para a armazenagem de água”.
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