“O comerciante tem que gostar do convívio com pessoas. Talvez o cliente não esteja no melhor dia, mas nós precisamos ter jogo de cintura e lidar com simpatia”. Diretor da Cascão Esportes, Aquiles Mallmann, conhecido como Cascão, comenta sobre a paixão pelo atendimento ao público desde jovem.
Do trabalho com empresas terceirizadas a fundação do próprio negócio, afirma que o amor pelo comércio foi crescente. Convidado desta segunda-feira, 5, de “O Meu Negócio”, programa multiplataforma do Grupo A Hora, afirma que o desejo de empreender sempre esteve no sangue. “Meus avós tinham uma casa comercial em Cruzeiro do Sul, cresci com esse exemplo”.
Com o primeiro emprego aos 14 anos como mensageiro no Weiand Tourist Hotel, era responsável por atendimento aos hóspedes. Após um período de seis meses, precisou sair do emprego por conta dos estudos. Quando mais velho, detalha, foi convidado pelo Francisco Weimer (Kiko), para trabalhar com ele. “Fiquei lá por cerca de dez anos. Foi assim que comecei na área de materiais esportivos”.
Segundo Cascão, o trabalho foi uma grande escola. Como tratar o cliente, conhecimento de produtos, fiscalização de vendas, giro de estoque e questões burocráticas foram alguns dos aspectos aprendidos. Com a expertise, assumiu o cargo de gerente de uma outra loja do ramo, onde ficou à frente por seis anos. Em 2016, a Cascão Esportes foi inaugurada.
Além da trajetória no varejo, o empreendedor também foi presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Lajeado entre os anos de 2020 e 2023. “Foi um grande desafio, mas o aprendizado é muito maior. Assumi a gestão em um período complicado e tenho muito orgulho do trabalho realizado”.
ENTREVISTA
Aquiles Mallmann
• Diretor da Cascão Esportes
Rogério Wink: Como foi a estruturação da loja?
Aquiles Mallmann: Atuava como gerente de uma loja de materiais esportivos que acabou fechando a filial em Lajeado. Quando isso ocorreu, vi a oportunidade de seguir com meu próprio negócio. Havia um estoque de peças, então conversei com o proprietário e negociamos para que eu ficasse com algumas delas. Já tinha um know-how das marcas que gostaria de ter na loja e o que seria de agrado aos clientes. Aproveitei a situação e entrei em contato com os representantes de marcas, como Nike, Asics e Under Armour e consolidei a parceria de venda. No dia 18 de abril de 2016, abri a loja na Júlio de Castilho, onde fiquei por dois anos, quando mudamos para a transversal.
Wink: Porque o nome Cascão Esportes?
Mallmann: Meu apelido de infância é Cascão. É assim que 90% das pessoas me conhecem. A história por trás desse apelido é engraçada. Desde pequeno, quando frequentava o litoral, sempre que pegava sol, me queimava e acabava descascando. Isso era frequente, não usava protetor solar, então mal me recuperava do ocorrido, já acontecia de novo. Meus familiares e pessoas próximas começaram a me chamar de Cascão e o nome pegou.
Wink: Como você organiza a loja para chegar ao cliente final?
Mallmann: Ao longo dos anos fui entendendo o ritmo de mercado. Hoje, já sei o que vende e para quem vende. De modo geral, fazer questão de entender o que o cliente quer e atender ele da melhor forma é essencial. Um aspecto novo no mercado é o digital. Temos que nos aliar a esse meio, muitas vezes ele é a porta de entrada de uma nova venda. No caso da loja, 60% das compras começam na internet.
Wink: O que um profissional de vendas precisa ter?
Mallmann: Hoje, estamos sempre vendendo, seja um produto, uma ideia, um trabalho, qualquer coisa. Então o gosto pela área é fundamental. Mais do que comercializar, precisa de orgulho de fazer o faz. Um vendedor não está lá apenas para entregar a compra, ele está realizando um sonho. Outro ponto é que, mesmo que o período de vendedor seja apenas uma passagem, estar no varejo é construir um cartão de visitas. É uma oportunidade de conhecer e conquistar as pessoas que, no futuro, podem abrir portas.
Wink: Qual a importância da Júlio de Castilhos para o varejo?
Mallmann: A Júlio é o coração de Lajeado. Agora, estamos surfando na onda do turismo, o município não tem um local específico para receber esse público, então as pessoas procuram pela rua. O que preocupa nós comerciantes é que, nas 13 quadras da avenida, são de 20 a 30 lojas fechadas. É um número expressivo para uma cidade que é polo comercial, precisamos melhorar isso. A ideia futura é que a Júlio de Castilhos seja mais arborizada e com um espaço maior para a mobilidade, que hoje é um grande problema.
Cruzando Pontes
O livro conta a história de Alex em sua travessia por longas estradas e trilhas em encontros curiosos com seus mentores; um menino, uma senhora e um índio, estabelecendo diversas lições de vida. Uma história de coragem em um mergulho profundo no autoconhecimento e na liderança de si mesmo e de suas vontades. Ao desbravar novos caminhos, Villa Nova se torna palco de uma ficção com grandes verdades.