Roupas elaboradas de acordo com cada álbum, pulseiras para trocar com outros fãs, letras das músicas na ponta da língua. Assim estão os fãs de Taylor Swift que aguardam as apresentações da cantora no Brasil, nos dias 24, 25 e 26 em São Paulo. As apresentações no Rio de Janeiro foram nos dias 17, 18 e 19.
Em junho, a artista foi citada pelo Banco Central dos Estados Unidos por “impulsionar a economia”. Isso porque os shows na Filadélfia aumentaram as receitas dos hotéis pela primeira vez desde o início da pandemia. Chamada de “The Eras Tour”, as apresentações em todo o mundo podem entrar na história como as mais rentáveis de todos os tempos.

Amanda assistiu ao show no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro
A última vez que Taylor Swift esteve no Brasil foi em 2012. “Eu nunca fui a nenhum show dela; para mim, isso era algo muito distante. Mas consegui, graças à minha mãe. Ela me ajudou bastante a ir atrás do ingresso e a conseguir”, conta a lajeadense Amanda Ziem Cardoso de Siqueira, 17. Ela assistiu o show na sexta-feira, 17.
A expectativa para o espetáculo era alta. “Quero aproveitar o momento com calma. Por mais que sejam 3h30 de show, eu acho que vai passar rápido”, ressalta.
Identificação e carinho
Com o lançamento do álbum “Evermore”, em 2020, e uma música que a artista dedicava à avó, o carinho de Amanda pela artista aumentou.
“Eu tinha recém-feito 15 anos, mas também tinha perdido a minha avó quando eu tinha 13. Então eu acho que eu agora sou muito mais fã da Taylor por ter me identificado tanto com essa música e ter dado mais atenção às outras canções que ela já escreveu”, detalha a jovem.
O que explica o fenômeno
Todos os prêmios e números de Taylor mostram que ela é uma das maiores artistas pop do momento. Para os admiradores, a capacidade de aproximar um sentimento próprio das emoções dos fãs é um dos pontos que explicam o sucesso. “Para mim, as músicas da Taylor conseguem se associar com momentos que já vivi”, conta Clara Rockenbach, 20. Outro ponto que a jovem admite é como ela consegue moldar o estilo para se adequar à fase que está vivendo.
Clara vai assistir ao show no Rio de Janeiro com a amiga Roberta Stefani. “Há uma tradição entre os Swifties que consiste em trocar pulseirinhas da amizade antes e durante o show, devido à música “You’re on your own, kid”, na qual Taylor diz: “Então faça pulseiras da amizade, agarre o momento e saboreie. Você não tem motivos para ter medo”, e as nossas já estão preparadas para serem trocadas com os outros fãs”, conta.
Trejetória de Taylor na música
- 2007: Foi indicada ao seu primeiro Grammy, na categoria ‘Best New Artist’, que acabou perdeu para Amy Winehouse;
- 2009: O álbum “Fearless” recebeu prêmios como “Álbum do Ano” no ACM Awards, CMA Awards e os 4 Grammy Awards;
- 2010: Lançou o terceiro álbum, “Speak Now”, que vendeu mais de um milhão de cópias na primeira semana, mais do que qualquer outro álbum nos últimos dois anos;
- 2012: Venceu duas das três categorias que concorria no Grammy Awards, totalizando assim seis Grammys na carreira;
- 2019: O sétimo álbum de estúdio, “Lover”, bateu o recorde das entradas simultâneas do Hot 100 por uma artista feminina e se tornou o álbum de estúdio mais vendido no ano;
- 2020: Lançou o álbum, “Folklore” e se tornou, de acordo com o Guinness World Records, a artista feminina com mais reproduções no primeiro dia no Spotify. Três faixas atingiram o top 10 das tabelas oficiais em oito países; Poucos meses após o lançamento do oitavo álbum. Todas as 15 faixas do álbum entraram na parada Billboard Hot 100 na mesma semana;
- 2022: Em 2022, com o lançamento do álbum “Midnights”, Taylor se tornou a primeira artista a ocupar as 10 primeiras colocações da Billboard Hot 100; Tendo vendido mais de 50 milhões de álbuns e 150 milhões de singles no mundo, Taylor é um das artistas de música mais vendidos de todos os tempos.
Nostalgia no palco

Amanda assistiu ao show no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro
Enquanto alguns se preparam para ver a artista que está vivendo o auge, outros sentem a emoção de rever uma banda que marcou a infância. A banda mexicana RBD começou a turnê “Soy Rebelde Tour 2023” no Brasil em 9 de novembro, no Rio de Janeiro, e arrasta milhões de fãs.
O grupo composto originalmente por Alfonso Herrera, Anahí, Christian Chávez, Christopher von Uckermann, Dulce María e Maite Perroni é tido como o grupo de maior êxito do pop mexicano e da América Latina e surgiu na novela “Rebeldes”, exibida no SBT. A banda encerrou as atividades em 2008.
Larissa Santos, 24, esteve no primeiro show no Brasil, motivada pelo amor pela música e desejo de lembrar a infância. “Quando era pequena, cantava e dançava com minha gêmea em frente à TV. Fazíamos nosso próprio show, eu como Roberta e ela como Mia. Na época não tínhamos dinheiro, idade e nem condições de ir para o show. Meus pais não tinham como nos levar, ainda mais duas. Então, saber que sou independente agora, trabalho e posso viajar é gratificante”, conta.
As histórias de amor antigo pelo RBD se repetem em todo o país. Os ingressos dos shows no Brasil esgotaram em dois dias, e a banda precisou abrir novas datas de apresentação. Foi na nova leva de ingressos que Larissa conseguiu a entrada para o show, junto com mais quatro meninas da região.
Em São Paulo

Luís Schwarzer prestigiou a banda RBD em São Paul
Assim como Larissa, Luís Schwarzer, 27, também cultiva desde a infância o carinho pela banda mexicana. Com CD, pôster, álbum de figurinhas, até o RG de cada um dos participantes, ele dividia com os colegas a “febre do momento” em 2004. “O auge de tudo isso foi no aniversário de 10 anos, quando menti para todos os meus coleguinhas que os integrantes do RBD iriam se apresentar no meu aniversário”, brinca.
Com tanto carinho envolvido, o anúncio do fim da banda foi marcante. O sonho de ver os artistas ao vivo parecia ter acabado. Por isso, quando foi feito o anúncio da turnê, Luís e mais cinco amigos se mobilizaram para conseguir comprar os ingressos e conseguiram para a terceira data da apresentação.
“Realizar esse sonho depois de adulto não tem explicação. Aquela criança interior que vive dentro de mim e que queria mais que tudo aquela banda no aniversário cantou, pulou, gritou até ficar sem voz, chorou diversas lágrimas e conseguiu vê-los de pertinho”, reforça. De volta a Lajeado, Luís garante que viveria a experiência mais vezes.
Da tela aos palcos, sucesso nos anos 2000
- 2004: O grupo lança o álbum de estreia, “Rebelde”, que ficou entre os 10 mais vendidos nas paradas musicais de cinco países;
- 2005: É lançado o segundo álbum, “Nuestro Amor”. O grupo recebeu certificação de platina pelas 127 mil cópias vendidas em apenas 7 horas após o lançamento, além da primeira indicação ao Grammy Latino;
- 2006: Lançam o terceiro material discográfico, “Celestial”, onde o primeiro single do álbum, “Ser O Parecer”, foi o número um na Hot Latin Songs da Billboard;
- 2007: Lançaram o quinto álbum de estúdio, “Empezar Desde Cero”, que vendeu 320 mil cópias no México e alcançou o topo da parada musical americana Top Latin Albums da Billboard onde permaneceu por 22 semanas e foram novamente indicados ao Grammy Latino;
- 2008: Anunciaram a separação e fizeram uma turnê de despedida. A última apresentação aconteceu em 21 de dezembro de 2008, em Madrid, na Espanha;
- 2009: Lançado o último álbum de estúdio da carreira, Para Olvidarte de Mí;
- 2020: O grupo se reuniu pela primeira vez e lançou o single “Siempre He Estado Aquí” para promover o concerto virtual Ser O Parecer: The Global Virtual Union;
- 2021: Em 2021, foi lançado o álbum ao vivo que leva o mesmo nome do concerto. Os integrantes Alfonso Herrera e Dulce María não participaram dos projetos por questões pessoais;
- 2023: Reuniram-se para uma turnê comemorativa, a Soy Rebelde Tour. Desta vez, apenas Herrera não participou do projeto.