Como você chegou ao cargo de tesoureira da comunidade?
Foi um processo de construção. Há algum tempo, um ex-tesoureiro me convidou. Apesar da confiança dele, eu tinha receio de aceitar. Achava que não tinha capacidade para um cargo como este. Em algum momento este pensamento mudou, e decidi aceitar o desafio. Já estou há oito anos nessa função.
Quais são os méritos da atual diretoria, na sua opinião?
Estamos sempre trabalhando para manter os imóveis da comunidade em dia. Esse é o nosso principal foco, acredito. Tivemos que investir muito para conseguir o Plano de Proteção Contra Incêndios (PPCI). Trocamos toda a fiação elétrica no salão. Outro investimento foi o corrimão da escadaria da igreja, necessário para a mobilidade. Volta e meia aparece alguma necessidade de manutenção, tanto no salão e na igreja quanto nas salas comerciais que são de posse da comunidade.
Qual é a maior necessidade da comunidade hoje?
Precisamos de voluntários. Essa é uma busca constante e cada vez mais urgente. Parece que ninguém mais quer assumir compromisso, e precisamos de pessoas que aceitem este trabalho. Tudo isso, claro, é voluntário. Sem uma renovação nos quadros da diretoria, há sim o risco de fecharmos as portas nos próximos anos por falta de pessoas. Mas ninguém quer trabalhar “de graça”.
O que é necessário para ser um bom tesoureiro, na sua opinião?
O principal, e em primeiro lugar, é a honestidade. Cuido do dinheiro como se fosse meu, mas não é. Esse recurso é de todos nós, da comunidade. Um dia pretendo passar este cargo que ocupo para outra pessoa. Mas tem que ser alguém de confiança, uma pessoa que preze por essa mesma honestidade.
Como você se sente sendo parte da organização da festa?
Não é fácil. Qualquer decisão que eu tomar, mesmo nos menores detalhes, pode gerar consequências. Eu preciso estar sempre atenta e pensar em todas as possibilidades. É necessário tentar sempre ver o todo, e não somente um lado de qualquer questão que eu vá resolver.
Na semana que antecede a festa, fico muito preocupada com o resultado final. Não posso esquecer de nada para que tudo dê certo. Mas quando chega o dia e tu vê a animação e a alegria das pessoas, isso não tem preço. Nesse momento, toda essa preocupação se transforma em satisfação.