O vice-presidente do comitê de gerenciamento da bacia hidrográfica Taquari-Antas, Júlio Salecker, entende que intervenções estruturais no leito do rio com o objetivo de diminuir os efeitos da enchente terão mais eficácia se forem executadas de forma conjunta entre os municípios afetados. O argumento é que iniciativas isoladas podem afetar as cidades vizinhas.
A análise foi feita durante o “Conexão Regional” desta quarta-feira, 1. Salecker explica que o grupo trabalha na finalização do projeto com diretrizes a serem cumpridas para mitigar os efeitos da cheia. São quatro eixos: barragens de contenção, preservação de mata ciliar, dragagem do Rio Taquari e revisão dos planos-diretores com novas cotas de risco para enchente. “Nossos projetos tem que ser construídos na visão de bacia hidrográfica, para ação beneficiar os demais municípios. Por isso toda atividade tem que ser conjunta”, recomenda.
Construção de barragens
Salecker defende a construção de barragens para segurar a água nas cabeceiras. O especialista aponta que as estruturas físicas distribuídas ao longo do rio, podem servir como reguladores de acordo com a necessidade. “Segura a água na enchente, reduzindo o nível de enchente e larga esse volume no período de seca”, explica. O vice-presidente comenta que na bacia Taquari-Antas existem 12 cabeceiras e atualmente há uma barragem em funcionamento no Rio Guaporé, o que possibilita ativar ainda mais 11 bloqueios no rio.
Outras ações defendidas por ele é a preservação da mata ciliar e banhados para diminuir a velocidade com que a água avança sobre edificações.
