A experiência e lições aprendidas ao percorrer o Caminho de Santiago de Compostela foi pauta do programa O Vale em Pauta, desta quarta-feira, 1º. Em entrevista, Adilson Johann, 61, fala da experiência pessoal ao longo dos 32 dias que caminhou da França até chegar em Santiago de Compostela, na Espanha.
Essa não foi a primeira missão de Johann. Ele comenta que desde 2012 realiza esse tipo de atividade. Já contou com a participação da esposa, mas na última, foi sozinho. “Saí no dia 4 de setembro, dia da enchente, e cheguei dia 5 no ponto de partida e, no dia 6, coloquei o pé na estrada”, conta.
Diariamente, Johann caminhava cerca de 25 km. Nada de mochila muito pesada. Dentro, apenas o básico, roupas leves e alguns alimentos e muita água. “Durante o trajeto tem torneiras que podemos reabastecer as garrafas de água.” O contato com a família foi por meio das redes sociais. Enquanto caminhava, evitava usar a internet.
O ideal, segundo ele, é fazer o trajeto como peregrino, pois facilita o pernoite em albergues. “Um bom preparo físico facilita. Processo é intenso e significativo.”
Próximo destino
Johann ainda nada não tem um novo roteiro definido, mas já tem alguns em pauta. “O Caminho da Fé, de Minas Gerais, que termina em Nossa Senhora Aparecida em SP. São uns 15 a 16 dias. Além do Caminho das Missões que pretendo fazer. Esse sai de São Borja e termina em Santo Ângelo, uns 14 ou 15 dias de caminhada”, relata.
Ligação religiosa
A história do roteiro de peregrinação começou no século IX, quando foram descobertos restos mortais do apóstolo São Tiago. Desde então, fiéis de todos os cantos da Europa passaram a se deslocar até a região onde foi sepultado o discípulo cristão, a catedral de Santiago de Compostela que é o ponto de chegada.
Assista a entrevista na íntegra