Em entrevista ao programa A Hora Bom Dia, o prefeito de Muçum, Mateus Trojan, expôs sua insatisfação com algumas medidas prometidas pelo governo federal. Falou da demora na liberação de recursos para empresas e fez críticas à manifestação do ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta.
“O ministro foi infeliz ao dizer que não tratamos do subsídio de salários. Foi uma das demandas encaminhadas quando a primeira-dama Janja da Silva esteve no Vale e Pimenta também estava junto”, comenta. “É falácia negar essa demanda.”
Trojan destaca os recursos já liberados, mas fala da preocupação maior agora, que é o valor a ser liberado. Segundo ele, os R$ 2,5 milhões para empresas que faturam até 4,8 milhões por ano será insuficiente para arcar com todos os prejuízos.
“O fato principal é de que esse dinheiro precisa chegar nas empresas para que possam recuperar os prejuízos. Apesar das falas, o crédito não é de juro zero. Serão juros honorosos e irão sim ter uma situação de endividamento das empresas maior do que elas já tem na situação atual. Afirmamos por segurança o que as próprias agências bancárias tem passado pra nós e parece um pouco confuso se comparado com a fala do ministro que parece ser outra realidade”, pontua.
Outra situação questionada é o recurso de até R$ 150 mil para micro e pequenas empresas, o que não resolve o problema de grande parte dos empreendedores. Além disso, maioria dos empreendimentos aguardam a liberação por parte do BNDES de até R$ 2,5 milhões por CNPJ.
“Recurso ainda não disponível para empresas de grande porte. Os R$ 2,5 milhões para empresas de grande porte também não vai resolver o problema delas. E ainda nem temos certeza de que essas empresas vão receber esses recursos. Temos 92 municípios creditados para receber esse recurso”, descreve.
Trojan também sugere que a liberação seja restrita às cidades que realmente estão em situação mais complicada. “Se calculado, os R$ 1 bilhão do BNDES repartidos para as 92 cidades homologadas, cada receberá R$ 10 milhões. Isso não é nada comparado com o que foi atingido. É preciso rever critérios”.
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