Senai aproxima jovens do mundo do trabalho

VALE DO TAQUARI

Senai aproxima jovens do mundo do trabalho

Três dias dedicados a pensar no futuro. Evento na escola técnica de Lajeado reúne estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental e do Médio para conversar sobre formação profissional, planejamento de carreira e oportunidades

Senai aproxima jovens do mundo do trabalho
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Vale do Taquari

“Aprendi a usar máquinas, a costurar, fazer calçados, estojos e bolsas. Coisas que nunca pensei que poderia fazer”. As palavras da estudante de Teutônia, Eyshila Pauline Machado, 15, resume um dos sentimentos dos jovens quando estão diante de conhecimentos técnicos.

Participante do programa Jovem Aprendiz, já faz planos para o futuro. “Gosto da área de comunicação visual, de artes e design. Com o que tenho aprendido no curso, algumas técnicas serão importantes para o futuro”, destaca.

Ela esteve entre os alunos das formações técnicas do Serviço Nacional da Indústria (Senai) que recepcionaram estudantes de escolas públicas e privadas de Ensino Fundamental durante o Mundo Senai.

A programação de três dias tem como princípio proporcionar uma amostra das áreas de formação da escola para jovens. “Abrimos as portas para toda a comunidade. Para que entendam o nosso propósito”, diz o gerente de operações do Vale do Taquari, Jerry Hibner.

“Somos uma instituição criada e mantida pela indústria. Ouvimos todos os dias dos empresários, que é preciso de pessoas com conhecimento técnico para ocupar as vagas de trabalho. Está nesse contato do setor produtivo e a formação que está a nossa atuação”, realça o coordenador técnico, Marcelo Schedler.

O último dia do Mundo Senai ocorre hoje, nos turnos manhã e tarde. Os visitantes têm acesso a detalhes sobre os cursos oferecidos na unidade de Lajeado. São oficinas sobre mecânica, elétrica, informática, eletromecânica, visitação aos laboratórios da Indústria 4.0, desenvolvimento de aplicativos, gastronomia, costura e outros.

Unir técnica e comportamento

A escola técnica de Lajeado tem quase mil alunos matriculados. Para além das habilidades técnicas para atuar na indústria, também é preciso treinar comportamentos.

De acordo com Hibner, os alunos têm formações também para os chamados Hard Skils (qualidades pessoais, como proatividade, disciplina, relacionamento interpessoal e capacidade de resolver problemas).

Em cima disso, quem consegue equilibrar essas diferentes qualidades tem vantagem no mercado de trabalho.“Percebemos que a indústria espera um profissional com sólida formação e com competências comportamentais, busca contínua pelo aprendizado e capacidade de trabalhar em equipe.”

Conectado às necessidades regionais

Conforme o responsável técnico, Marcelo Schedler, a oferta de cursos de cada unidade do Senai é pensada dentro das características da área de abrangência. Na região, são 42 municípios atendidos pela instituição.

“Temos um olhar às vocações regionais. Quando abrimos um curso, ele foi pensado para atender uma demanda das indústrias daqui”, frisa. Junto com isso, as metodologias de ensino se sustentam em conhecimentos teóricos aliados à prática. Na avaliação de Schedler, criar situações/problemas para os alunos buscarem as soluções também é uma técnica importante.

Como há cada vez mais tecnologia dentro das indústrias, há também uma mudança no perfil do trabalho. “Hoje é menos força física e mais conhecimento.”

Entre essa conexão com as indústrias locais, um dos cursos mais recentes é o do setor de alimentos. “A metodologia une tanto a preparação, boas práticas e também o uso máquinas e processos”, diz a coordenadora pedagógica, Cilene Paraboa.

Números do Senai

  • Há duas unidades na região: Guaporé e Lajeado, além de postos de atendimento em Teutônia, Encantado e Serafina Corrêa;
  • Por dia, são mil alunos que frequentam as unidades;
  • Por ano, 1,5 mil se formam em algum curso profissionalizante dentro do programa jovem aprendiz, além de 1,1 mil alunos em cursos de formação profissional de nível técnico e qualificação;
  • São 4 cursos credenciados em nível médio: Técnico em Automação Industrial, Eletroeletrônica, Eletrotécnica e Eletromecânica;
  • Ainda há outros 13 de evolução profissional, oito de aprendizagem industrial básica;
  • Também há 18 unidades móveis em diversos segmentos tecnológicos;
  • Com cursos customizados dentro das empresas e para os 42 municípios da área de abrangência no Vale.

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