Prefeitos pedem ao governo agilidade em liberação de recursos a empresários 

ENTREVISTA | FRENTE E VERSO

Prefeitos pedem ao governo agilidade em liberação de recursos a empresários 

Chefes dos Executivos de Vespasiano Corrêa, Tiago Michelon, e de Muçum, Mateus Trojan detalham articulação em buscas de valores à iniciativa privada

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Atualizado segunda-feira,
23 de Outubro de 2023 às 13:52

Prefeitos pedem ao governo agilidade em liberação de recursos a empresários 
Prefeito de Muçum, Mateus Trojan; e o presidente da Amat e prefeito de Vespasiano Corrêa, Tiago Michelon (Foto: Diogo Fedrizzi e Arquivo)

Após audiência pública realizada na semana passada, em Brasília, gestores destacam alguns avanços e o entraves ainda por parte do governo federal para o recebimento de recursos aos municípios atingidos pela enchente. O encontro promovido pela Câmara dos Deputados reuniu deputados federais, prefeitos, empresários, dentre outros.

Em entrevista ao programa Frente e Verso, desta segunda-feira, 23, o presidente da Amat e prefeito de Vespasiano Corrêa, Tiago Michelon e o prefeito de Muçum, Mateus Trojan fazem avaliação positiva em relação aos benefícios já recebidos por grande parte dos municípios e detalham cobranças feitas ao governo.

“Mostramos a realidade do município após 40 dias da maior tragédia ocorrida na região. Acredito que isso impactou muito e está tendo um olhar bem mais próximo, mas ainda temos muitos entraves burocráticos que impedem um apoio maior e emergencial”, conta Michelon.

Outro destaque citado pelo presidente da Amat é a união dos gestores, principalmente, da região Alta. “A união tem feito grande diferença apesar de cada município ter a sua demanda, cada um vive de forma peculiar. Alguns com problema de água, de energia elétrica, como Vespasiano, por exemplo, ainda tem problemas de fornecimento de energia. Equipamentos danificados estão comprometendo o serviço, mas a RGE trabalha para reestabelecer o fornecimento”.

Já o prefeito de Muçum enfatiza que várias situações emergenciais já foram resolvidas no município como, alimentação e limpeza urbana, mas que algumas ainda estão pendentes. Segundo ele, cerca de 340 residências precisam ser construídas para compensar o prejuízo causado pela enchente às famílias.

Além disso, Trojan lamenta os entraves existentes para a liberação dos recursos do governo federal para médias e grandes empresas. “Governo Federal anunciou na primeira semana do ocorrido, a publicação de medida provisória com a liberação extraordinária de recurso para atender essa demanda e começou a entrar numa situação que pra mim é uma briga de ego entre várias entidades na questão da regulamentação de qual vai ser o formato, de quem vai gerenciar e quem não e estamos exatamente, no dia de amanhã, chegando em 50 dias da catástrofe e esses empreendedores ainda não tiveram acesso ao crédito”, desabafa.

Ainda de acordo com o gestor, todo esse processo acaba impedindo a retomada total, pois atrasa no faturamento, provoca demissões e o comércio se prejudica, na movimentação da economia do município.

Prestes a completar dois meses da maior enchente já registrada no Vale do taquari, Michelon garante que é momento de unir forças para reconstruir os municípios, dar dignidade às famílias que perderam seus lares e garantir o pão na mesa. “Que o governo tenha um bom olhar em liberar esses recursos para manter a principal ferramenta de sobrevivência de uma sociedade, o trabalho”.

Assista a entrevita na íntegra

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