O que representa para vocês organizar mais uma edição da gincana?
A gincana da Inhandava já existia e era uma forma até da escola arrecadar recursos financeiros para o desfile. Mas acabou se tornando muito competitivo na época, tendo algumas confusões e foi interrompida durante dez anos. Quando retomamos a escola de samba, em 2019, quando assumi a presidência, foi uma coisa que logo me veio à cabeça: retomar a gincana. Eu participei de algumas gincanas com meus pais e a gente sabia que o envolvimento com as famílias era muito grande. Então retomamos em 2019 com duas edições, e devido a pandemia, tivemos que interromper por dois anos. Em 2022 fizemos a terceira, e agora a quarta edição.
O que faz as pessoas gostarem tanto de gincana?
Eu acho que isso é uma questão de espírito nosso regional, somos muito competitivos. Na parte esportiva e política também. Acho que a gincana, por esse motivo, de ser algo competitivo mas ao mesmo tempo que te traz brincadeiras, recordações escolares, foi ganhando o gosto da comunidade. Ainda, tem a participação de crianças, adolescentes, adultos e até pessoas de idade, acho que motiva essa paixão, vai passando por gerações e faz com que as equipes vão começando a se tornar tradicionais.
Como será a gincana este ano?
Hoje cada equipe deve contar com 120 a 150 pessoas, três equipes. E tem sempre a participação do vô, da vó, do tio, porque a gente sempre faz a gincana envolvendo a história da cidade. Este ano teremos duas apresentações, até para fazer a comunidade ir mais até o parque. No sábado à noite, vamos fazer uma homenagem ao Dança Bom Retiro, que é um dos nossos maiores eventos. As equipes vão ter que fazer um espetáculo de dança, escolha do gato e da gata. E no domingo de tarde, a gente vai fazer uma prévia de como cada equipe imagina que vai ser o Natal nas Águas. Vão ter que representar Fernando e Sorocaba, tem o cover do prefeito, as soberanas, vão ter que utilizar a criatividade.
A organização do carnaval do ano que vem também faz parte da gincana?
Um pouco se mistura. A nossa escola tem uma preocupação grande com materiais recicláveis, então algumas tarefas a gente mobiliza as pessoas para arrecadarem e se envolverem na organização do carnaval do ano que vem, até em carros alegóricos e fantasias.
A sua participação vem de família, começou com seus pais?
Desde a fundação, em 1983, minha família se envolve. Meu pai foi campeão regional, era mestre sala, e minha mãe sempre participava na parte de comissão de frente, acabaram se tornando presidentes. Minha mãe foi a primeira mulher presidente da escola de samba. Então essa paixão foi passando de geração para geração. Hoje tenho minhas duas filhas e já se envolvem, a mais velha tem 5 anos e ela tem a primeira fantasia emoldurada no quarto.