“Vestimos o colete, saímos de casa e ajudamos as famílias”

ABRE ASPAS

“Vestimos o colete, saímos de casa e ajudamos as famílias”

Cristian Perin, 44, é coordenador adjunto da Defesa Civil, cargo este que ocupa de forma voluntária desde março de 2021. Nos últimos dois meses enfrentou pelo menos três cheias, sendo a mais significativa em setembro. Ele destaca a importância da solidariedade e da união das pessoas como lições fundamentais a serem aprendidas em situações de emergência e dos desafios do órgão em ter mais exatidão sobre os eventos climáticos

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“Vestimos o colete, saímos de casa e ajudamos as famílias”
Foto: DIVULGAÇÃO
Vale do Taquari

Como foi a atuação da Defesa Civil na cheia histórica que ocorreu este ano?

Ficamos em alerta durante o dia, pois havia a sinalização de muita chuva nas cabeceiras. Organizamos o maquinário, fizemos o comunicado e iniciamos ainda à tarde a remoção das primeiras famílias, que foram encaminhadas ao ginásio. A atuação da Defesa Civil foi essencial para mitigar os impactos dessa cheia histórica, pois na cidade não tivemos nenhum óbito registrado.

O que mais te marcou neste ano de 2023 em relação às ocorrências climáticas?

São muitas coisas. Neste ano, presenciamos eventos climáticos inimagináveis, como deslizamentos e problemas em nossas estradas, além da cheia histórica do Rio Taquari. Não medimos esforços, vestimos o colete, saímos de casa e ajudamos as famílias. Foi um ano desafiador, mas a solidariedade e o trabalho em equipe fizeram a diferença.

O que ainda precisa ser melhorado na atuação da Defesa Civil?

Uma área que precisa de aprimoramento é a forma de monitoramento das águas. Muitas vezes, dependemos de um sistema que pode falhar, e não temos nenhuma referência precisa. Em Arroio do Meio, temos as réguas físicas no balneário, que sempre serviram de referência, além da nossa cota própria, que baliza os locais, construções e áreas de inundação. Investir em tecnologia e aprimorar nossos sistemas de monitoramento é fundamental.

Qual lição você acredita que fica após essas experiências?

A primeira lição é a importância da solidariedade. Em Arroio do Meio, muitos voluntários se uniram para ajudar as famílias afetadas. A outra lição é a união das pessoas, que foi crucial para auxiliar cada família. Nos momentos difíceis, a comunidade se uniu, demonstrando que juntos somos mais fortes e capazes de superar desafios. É um aprendizado que carregamos conosco para o futuro.

Como está o trabalho agora?

As cheias serão frequentes. Temos que continuar o monitoramento e alertar nossa comunidade. Agora o trabalho segue na reconstrução da nossa cidade, são muitas toneladas de entulho que foram retiradas e muitas ruas precisam ser recuperadas.

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