Vereador investigado em comissão processante  presta depoimento

TEUTÔNIA

Vereador investigado em comissão processante presta depoimento

Além de Claudiomir de Souza (UB), ex-deputado federal Nivaldo Albuquerque (Republicanos-AL) também foi ouvido. Próxima etapa do processo é a elaboração do relatório, que deve ser entregue até o dia 31

Por

Vereador investigado em comissão processante  presta depoimento
Claudiomir de Souza depôs por cerca de 10 minutos, acompanhado de forma virtual pelo advogado Juliano Heisler. (Foto: Jhon Willian Tedeschi)

A Comissão Parlamentar Processante (CPP) que investiga o vereador Claudiomir de Souza, chegou à última etapa dos depoimentos nessa terça-feira. O inquérito apura a responsabilidade de Souza sobre um suposto caso de fraude na comprovação de diárias de uma viagem feita por ele a Brasília, em outubro de 2021.

Dentre as 11 pessoas listadas a depor, faltavam duas: o ex-deputado federal Nivaldo Albuquerque (Republicanos-AL), enquanto testemunha, e o parlamentar investigado. A partir de agora, a defesa de Souza tem cinco dias corridos para apresentar seus argumentos.

O vereador Hélio Brandão (PTB), relator do processo, deve entregar o relatório final até o dia 31. A tendência é que o documento seja votado pela câmara na sessão do dia 24 – caso não fique pronto, poderá ser convocada uma sessão extraordinária.

Explicações sobre visita

O depoimento mais aguardado, do vereador do União Brasil, durou cerca de 10 minutos. O foco dos questionamentos ficou na visita feita por Souza a Brasília, entre os dias 5 e 7 de outubro de 2021. Ele citou que havia restrições para acesso aos gabinetes dos deputados federais, devido à pandemia, e que ao chegar a Brasília, não tinha conhecimento delas. “Tínhamos que contar com a sorte de ligar para vários gabinetes e ver qual deles teria alguma vaga”, apontou.

Souza mencionou outros gabinetes visitados no período que esteve no Congresso Nacional, além do objeto da investigação, na ida ao espaço do deputado Marcelo Moraes (PL). “Tenho comprovações de todos os dias dos gabinetes. Esses documentos foram inclusos pela minha defesa no processo”, acrescentou.

Participação da defesa

O advogado de defesa Juliano Heisler interviu em três momentos. A primeira, no momento em que o vereador foi questionado sobre os comprovantes de acesso. “Isso já está demonstrado no processo, que não há comprovação de todas as entradas. É uma pergunta desnecessária no contexto.”

Ele voltou a impugnar a resposta do acusado quando o presidente da comissão, Cleudori Paniz (PSD), perguntou se Souza se sentiu perseguido pelo então presidente da câmara, Diego Tenn Pass (PDT). “O vereador Claudiomir pode falar das suas impressões, mas não pode palpitar sobre as motivações de outros vereadores”, afirmou.

Paniz ainda indagou Souza sobre os documentos supostamente adulterados, e Heisler não permitiu a resposta do cliente. “A análise da prova produzida no processo é feita na defesa final”, realçou o advogado. Na sequência, o presidente da CPP encerrou as perguntas por parte da comissão.

“Me sinto envergonhado”

Por fim, o advogado de defesa fez algumas perguntas, se Souza modificou os documentos ou foi consultado pelo perito durante o processo da análise formal. O vereador negou todas as ponderações. “Eu nem sei mexer em computador”, respondeu, quando mencionada a adulteração.

No momento em que Heisler questionou como o parlamentar se sentia, enquanto pessoa pública, Souza se emocionou. “Me sinto envergonhado, de ter que dar explicações para amigos e familiares.” Ele concluiu ao se dizer injustiçado por responder ao processo.

Acompanhe
nossas
redes sociais