Moradores organizam protesto e cobram agilidade do governo

CRUZEIRO DO SUL

Moradores organizam protesto e cobram agilidade do governo

Ato ocorre na tarde de hoje. Cerca de 200 pessoas estão confirmadas

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Moradores organizam protesto e cobram agilidade do governo
Moradores atingidos pela cheia querem isenção do IPTU e pedem transparência nos dados sobre auxílios. (foto: GABRIEL SANTOS)

Passados mais de 30 dias da cheia, moradores organizam um protesto para cobrar do poder público maior transparência quanto aos valores recebidos em doações e agilidade na transferência de recursos aos atingidos. Um grupo de moradores se reúne na prefeitura hoje, às 17h, com o objetivo de conversar e levar suas reivindicações ao prefeito e aos vereadores.

Entre as principais demandas dos manifestantes está a isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para as áreas atingidas. Os moradores argumentam que, diante dos danos causados pelas enchentes e outros desastres naturais, seria justo isentá-los dessa taxa, a fim de auxiliá-los na reconstrução de suas casas e na retomada de suas atividades.

O tema ganhou força na última semana após o município não divulgar os valores recebidos pela conta Pix.

Além disso, os comerciantes pedem agilidade na liberação de recursos para que possam reabrir seus negócios o mais breve possível. A demora na transferência dos recursos tem prejudicado alguns empreendedores, que dependem de suas atividades para sustento próprio.

Conforme Denilson Gonçalves, 43, morador de São Miguel, protesto é uma forma de chamar a atenção do poder público para a urgência dessas demandas. Os moradores afirmam que a falta de transparência e a demora na destinação dos recursos têm gerado insatisfação e desconfiança na população, que se sente abandonada em momentos de crise.

Os organizadores do protesto esperam que, por meio do diálogo e da manifestação pacífica, suas reivindicações sejam ouvidas e atendidas pelas autoridades locais. A expectativa é de que o prefeito e os vereadores compreendam a importância de agir com transparência e de agilizar o auxílio aos afetados, visando a reconstrução e a recuperação da cidade.

Prejuízos

Em todo o município, foram 6,5 mil pessoas afetadas, 383 desabrigados, 2,8 mil desalojados e 1,7 casas atingidas. Ainda foram atingidas seis escolas, sendo quatro com perda total. Um posto de saúde (UBS Passo de Estrela) também teve perda total. Foram atingidas 10 comunidades do interior. O município contabilizou um prejuízo de R$ 24 milhões na economia (R$ 20 milhões no comércio, R$ 3,2 milhões na Indústria e R$ 900 mil em serviços). Já na área do campo as perdas foram contabilizadas em R$ 4,7 milhões, totalizando, no geral, um prejuízo na casa de R$ 28 milhões.

Outros pontos atingidos em Cruzeiro do Sul apontam 88 km de estradas de chão batido, prejudicando 10 comunidades rurais, sendo 15 km da RS-130 que liga a cidade ao município de Venâncio Aires. Ainda foram afetados 40 km de estradas urbanas, prejudicando nove bairros.

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