Quando e como começou seu envolvimento com arte?
Creio que meu envolvimento com a arte é mais antigo do que eu possa lembrar. Desde muito pequena, aprecio as mais diversas manifestações artísticas e as considero como essenciais para meu desenvolvimento. Com o passar dos anos, me aproximei das artes cênicas, o que me levou a cursar Teatro Licenciatura na Universidade Federal de Pelotas. Com a graduação, pude me envolver mais ainda e adentrar nesse vasto universo que é o da vida na arte.
A exposição “Externo é Osso” é uma idealização sua com Franklin Muhl. Como se deu essa parceria?
Franklin Muhl é um amigo e antigo colega que, assim como eu, enxerga a arte como forma de manifestação e expressão. Ambos não estudamos o desenho e não o temos como profissão, porém, é uma prática presente e necessária em nossas vidas. Desse modo, decidimos realizar juntos a exposição a partir de diversas propostas e ideias, em especial para defender que não existe um modo correto ou uma forma para se fazer arte.
O que a exposição “Externo é Osso” quer evidenciar?
O nome EXTERNO É OSSO surge da ideia de que quando criamos algo a partir de nossa subjetividade, é uma parte de nós que está se materializando, uma parte do nosso osso, da nossa carne, da nossa psique. Também está contido nesse nome a expressão popular “é osso”, como algo que é difícil, evidenciando que o processo de externalizar uma manifestação artística pode ser doloroso, pois é um ato autônomo, subjetivo e que reflete a nossa individualidade. Com essa exposição refletimos sobre a afetação do corpo, seja através de um sentimento, uma imagem, uma paisagem, um objeto que nos leva a criar artisticamente. Defendemos assim, a criação livre e por todos, procurando deslocar a arte de onde ela geralmente é colocada, em uma posição elitizada e inacessível.
Você já tinha exposto em outros lugares antes? Como está sendo a experiência?
Não, essa é minha primeira exposição artística. É gratificante a experiência, pois também é um ato de acreditar na minha arte e me reafirmar como artista. Ao compartilhar meus desenhos, uma parte de mim e do que eu acredito está sendo exposto. Logo, me coloco em um ambiente de vulnerabilidade. Realizar essa exposição está sendo uma experiência de aprendizado para mim e espero que, ao compartilhar com a cidade, possamos influenciar outros artistas a criarem e acreditarem em seus trabalhos.
Você planeja expor novos trabalhos em outros lugares da cidade?
Até o presente momento não tenho nenhum planejamento, contudo, estou disposta a realizar outras exposições e dar continuidade a esse processo.