O município pretende apresentar à comunidade, na próxima semana, um plano de contingência para aplicar em novos episódios de cheia do Rio Taquari. O documento é elaborado em conjunto pela Defesa Civil e departamento de engenharia da Prefeitura. Conforme o responsável pela coordenação do gabinete de crise local, Lucas Moura, o plano define as estratégias para o enfrentamento imediato a desastres naturais. Uma parte do projeto foi revelada na quinta-feira, 5, durante reunião na Câmara de Vereadores entre lideranças políticas, empresários e moradores.
Entre as ações estão procedimentos de evacuação, monitoramento do nível da água, instalação de abrigos, localização de pontos de apoio, definição de pessoas responsáveis para dar atendimento à retirada de populações das áreas de risco, equipes de busca e salvamento, operações de resgate na água e em pontos elevados, entre outros. “Estamos com 80% do plano pronto. Precisamos estar preparados para antecipar as ações e trabalhar preventivamente”, comenta Moura, que assessora a prefeitura nesse trabalho desde os primeiros dias da tragédia. O profissional, que mora em Santa Cruz do Sul e é representante comercial, teve experiência como socorrista no atendimento e resgate às vítimas na tragédia da Boate Kiss, em Santa Maria, em 2013.

Moura coordena o gabinete de crise e assessora a prefeitura na elaboração do plano (Foto: Diogo Fedrizzi)
Bombeiros
A criação de um grupo de bombeiros voluntários em Roca Sales também é organizada. Hoje, o município tem parceria com a Associação Mantenedora Corpo de Bombeiros da Região Alta do Vale do Taquari (Ambravat) e depende do serviço realizado pela corporação de Encantado. Conforme Moura, existem verbas estaduais e federais destinadas para esse objetivo. Já foram solicitados junto ao governo do Estado uma ambulância, uma caminhonete e um caminhão. Recursos arrecadados pela campanha do Pix Solidário realizada pela prefeitura também serão utilizados para a compra de materiais e equipamentos para estruturar a corporação roca-salense. A ideia, segundo ele, é identificar o quartel com o nome de Lincoln Henning, uma homenagem ao menino de 7 anos, uma das vítimas que morava na cidade.