Governo detalha plano de  contingência aos vereadores

política e cidadania

Governo detalha plano de contingência aos vereadores

Secretário de Segurança Pública e coordenador da Defesa Civil abordaram as ações feitas durante a enchente e apontaram necessidade de estabelecer protocolos

Governo detalha plano de  contingência aos vereadores
Locatelli utilizou a tribuna durante a sessão de ontem e abordou aspectos do plano, além de falar sobre o trabalho no dia da cheia/Foto: Mateus souza
Lajeado

Um mês após a cheia histórica que atingiu toda a região, o Executivo de Lajeado apresentou, de forma detalhada, o plano de contingência da Defesa Civil aos vereadores. O documento norteia as ações a serem tomadas no âmbito da administração municipal em caso de desastres naturais, sobretudo inundações.

A apresentação foi feita pelo secretário municipal de Segurança Pública, Paulo Locatelli, após a votação de projetos de lei. Também participou do momento o coordenador da Defesa Civil de Lajeado, Gilmar Queiroz. A versão mais atualizada do plano data de agosto deste ano, e conta com 26 páginas.

Segundo Locatelli, todo o trabalho do município antes, durante e depois a cheia de setembro teve como base este plano. “Ele mostra o que cada secretaria tem de fazer, todo o apoio necessário a ser acionado, disciplina a questão dos abrigos. Conduzimos todas as etapas previstas no documento, a partir do socorro até a parte da reconstrução”, observa.

O trabalho de remoção das famílias para os abrigos iniciou no fim da tarde do dia 4, quando o nível do rio atingiu a cota de alerta (17 metros). As primeiras casas foram atingidas pelas águas no começo da noite. Somente quatro dias depois é que o Taquari retornou ao seu leito normal.

Melhorar o plano

Para Locatelli, a apresentação do plano no Legislativo é positiva no sentido também de obter contribuições para o aperfeiçoamento da estratégia. “Enfrentamos uma das maiores tragédias da nossa história. Agora, analisamos o que precisa ser melhorado e estamos buscando isso”, frisa, ao citar a possível parceria com o Escritório de Assistência Humanitária (Usaid), dos Estados Unidos.

“Precisamos melhorar, fortalecer, treinar e estabelecer protocolos de atendimento para todos os envolvidos, em todos os cenários. E, claro, melhorar também o que é mais em âmbito estadual, que são as condições de aviso e alerta dos eventos que estão ocorrendo”.

Queiroz lembra que ainda há muito trabalho a ser feito e cita a interdição de dez casas somente ontem. “Não vamos parar nunca. Desde o dia 1° de setembro já tínhamos os alertas. Mas foi surpreendente para nós. Em Lajeado, choveu 438 milímetros no mês. A média era de 50 a 60 milimetros. Algo fora da curva”.

Rua Bento Gonçalves, no Centro de Lajeado, ficou alagada na enchente

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