Engenheiro agrônomo discorda sobre mudanças estruturais no Rio Taquari

PARA IMPEDIR ENCHENTES

Engenheiro agrônomo discorda sobre mudanças estruturais no Rio Taquari

De acordo com o ex-presidente do Comitê da bacia hidrográfica Taquari-Antas, Daniel Schmitz, construir barragens ou dragar o rio não representam soluções definitivas

Engenheiro agrônomo discorda sobre mudanças estruturais no Rio Taquari
Em Muçum, recuo das águas revelam estrutura de ponte que estava submersa (Foto: Felipe Neitzke)
Vale do Taquari

Um mês após o maior desastre natural da história do Vale do Taquei, seguem os debates sobre o que é possível fazer para impedir ou amenizar os impactos da elevação do volume de água em várias cidades da região. Para o engenheiro agrônomo e ex-presidente do comitê da bacia hidrográfica Taquari-Antas, Daniel Schmitz, mudanças estruturais como a construção de barragens ou dragagem do rio não representam soluções defintiivas.

Para Schmitz, o debate é mais amplo e necessita da participação de pessoas qualificadas e análise técnica das características da região. “O volume de água passa de 100 para 18 mil metros cúbicos por segundo. As estruturas físicas vão dar conta? Opções estruturais são limitadas e talvez estejam longe da calha do rio”, analisa.

Engenheiro agrônomo e ex-presidente do comitê da bacia hidrográfica Taquari-Antas, Daniel Schmitz

O engenheiro explica ainda que a bacia Taquari-Antas possui 26 mil quilômetros quadrados de extensão, o que equivale a 9% do território do Rio Grande do Sul e há necessidade de um processo mais abrangente de qualificar as ferramentas utilizadas para prevenir os desastres. “O sistema tem que ser unificado, isso é papel do estado e união. Inadmissível Estrela e Lajeado sofrer com uma cheia seis horas depois do que ocoreu em Encantado e Muçum”, cobra.

Schmitz pediu ainda ferramentas mais confiáveis de alerta, medição e protocolos para resgate de pessoas atingidas. Além disso, o ex-presidente do comitê enfatizou a necessidade das Câmaras de Vereadores e Executivos revisarem os planos-diretores e a utilização do solo.

Acompanhe a entrevista completa 

Acompanhe
nossas
redes sociais