Depois de quase um mês, o Hospital Roque Gonzales retomou as atividades no domingo, 1°. Atingido pela enchente do Rio Taquari no mês passado, o espaço foi palco de uma intensa mobilização que culminou em uma reconstrução em tempo recorde. Todos os 35 funcionários da casa de saúde também retornaram ao trabalho.
Diretora do hospital e secretária de Saúde do município, Raquel Oestreich destaca que ainda restam alguns detalhes a serem ajustados, mas a maior parte do prédio já está em operação. “A sala de observação está pronta, todos os leitos com macas novas estão instalados. O banheiro está funcionando, e a parte de emergência também. Colocamos gesso novo no teto e foi feita toda a parte da recepção”, comemora.
A secretária reforça que as obras só conseguiram ser agilizadas dessa forma devido a contribuição de muitas pessoas. “Tudo isso foi graças aos funcionários e voluntários que trabalharam e todos os doadores que doaram. Não há palavras para descrever esse momento. Muito orgulho e gratidão”, salienta. Agora o hospital está pronto para receber os pacientes na emergência, observação e internação.
Segundo Raquel, cerca de 3 mil pessoas eram atendidas mensalmente pelo hospital antes da enchente e esse quantitativo deve ser retomado nos próximos meses. “Na reabertura não chegou a dar 10 minutos sem que já houvesse pacientes em atendimento. Isso demonstra a eficiência e necessidade do trabalho na região”, garante. Com isso o hospital de campanha foi desativado.
Novos equipamentos
Ontem, 2, chegou ao município um digitalizador de raio-X portátil. Esse equipamento foi emprestado pelo Estado até que seja possível a instalação de um novo, o que pode levar até 60 dias. Com isso o serviço voltou a operar normalmente. “Ganhamos todos os equipamentos de urgência, emergência, além de camas automáticas para nossos pacientes. Tudo fruto de doações, o município não arcou com equipamentos de alto custo, apenas com despesas menores como medicamentos”, esclarece.
A estrutura do Hospital Roque Gonzales foi recuperada e equipada com apoio de municípios da região e dos hospitais Santa Casa, de Porto Alegre, Bruno Born, de Lajeado, e Pompéia, de Caxias do Sul. A instituição executou obras emergenciais, como a pintura e a substituição da rede elétrica. A reabertura foi considerada prioridade para a Secretaria Estadual de Saúde.
Novo Hospital
O governo gaúcho, por sinal, deve custear a obra de um novo hospital para a cidade. Uma área já foi indicada pelo município para a construção. O local fica afastado do Rio Taquari, nas proximidades da igreja São José, sem risco de ser atingido por uma enchente. “Estamos ansiosos porque é um projeto muito audacioso para o município. Roca Sales vai doar a área e fazer a contrapartida da terraplanagem”, conta Raquel. A diretora reforça que, a princípio, a ideia será executada pela Univates em uma parceria com Estado e União. “Precisamos de um espaço seguro para garantir a saúde dos nossos pacientes”, enfatiza.
