Moradores do bairro Navegantes, em Arroio do Meio, recebem a ajuda de voluntários para reconstruir o salão comunitário. Uma das frentes de trabalho é feita pelos detentos do Presídio Estadual de Bela Vista.
O prédio e a igreja localizada na esquina da rua Campos Sales e Visconde do Rio Branco necessita de restauração. Conforme a diretoria, o local ficou em péssimas condições, com apenas o telhado e os pilares intactos, enquanto paredes, vidraças, cozinha e banheiros foram destruídos.
Sem condições financeiras a opção foi de pedir ajuda às empresas e contar com a mão de obra prisional para reerguer o espaço. A ação, que começou nessa segunda-feira, é coordenada pelos agentes da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Segundo Marco Aurélio Forneck, administrador e diretor da instituição prisional em Arroio do Meio, os detentos têm prestado serviços valiosos à comunidade, incluindo limpeza e mão de obra. Nos últimos 30 dias, colaboram na limpeza da delegacia da Polícia Civil, da Brigada Militar e na reconstrução das escolas Atalaia e Construindo o Saber.
O presidente e morador do bairro Navegantes, Guinter José Altmann, ressalta a importância dessa colaboração para a comunidade. A intenção é que logo após a reconstrução, o espaço sirva de moradia aos desabrigados, pois a maioria dos atingidos são moradores do Navegantes e tiveram as residências destruídas.
O serviço inicial envolve a construção de paredes e divisórias. Além disso, a diretoria da comunidade recebeu apoio financeiro de uma empresa arroio-meense ligada a materiais de higiene e limpeza.
Os estragos no salão comunitário foram causados pela cheia do rio Taquari. A força das águas e o entulho arrasaram o cercado de acesso, enquanto a correnteza destruiu as paredes e o telhado. A comunidade contabiliza os prejuízos.

Foto: Gabriel Santos