A necessidade de definir os modelos para atender ao novo marco legal do saneamento básico mobiliza municípios da região. O assunto foi debatido pelos gestores do G-7 em reunião nessa sexta-feira, 29, em Westfália. Foi o primeiro encontro dos prefeitos após a enchente do início do mês, que dentre as cidades do grupo, teve mais impactos em Colinas.
O primeiro passo para os governos é definir as atualizações para os planos municipais de saneamento. O prazo definido pelo governo federal é até o fim do ano que vem. A presidente do G-7 e prefeita de Poço das Antas, Vânia Brackmann, apontou que esperar para o fim do período pode ser temerário. “Me preocupa porque os prazos estão esgotando e vemos que ainda há muito por fazer.”
No início do mês uma reunião promovida pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) tratou sobre o assunto, com o foco no apoio às cidades que não têm contratos com a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). Dentro do G-7, apenas Paverama tem parte do abastecimento a partir da antiga estatal.
O grupo projeta uma ação direcionada com os gestores do meio ambiente e os técnicos dos municípios. “Algumas legislações são constituídas para municípios maiores. Queremos definir junto à Secretaria Estadual do Meio Ambiente as soluções para os nossos casos, de cidades de menor porte”, acrescentou a presidente.
O município com a situação mais definida é Teutônia, que já fez estudos para a reestruturação dos sistemas de distribuição de água e tratamento de esgoto. “Buscamos a regularização em parceria com a Associação da Água. No estudo, pedimos um olhar especial aos municípios vizinhos”, explicou o prefeito Celso Forneck.
Caso Languiru
Os gestores retomaram o assunto Languiru e a possibilidade de venda do frigorífico de suínos de Poço das Antas. “Nossa angústia é que a situação não se resolve. As pessoas estão começando a ficar nervosas. Está na hora de fazer a coisa acontecer”, defendeu Vânia. Existe a expectativa de avanços nas negociações e que um eventual repasse da planta produtiva beneficie a mão de obra local.
A indústria foi desativada no início de julho, medida prevista no plano de reestruturação da cooperativa. A unidade empregava 600 funcionários. No fim de agosto, o ex-presidente e atual liquidante Paulo Roberto Birck, em audiência pública na Expointer, confirmou que o processo de venda do frigorífico estava na reta final.
Repercussão da enchente
A vice-prefeita de Colinas, Regina Sulzbach, relatou aos colegas do grupo como o município tem lidado com o pós-cheia. “Nossa maior prioridade é com o social, mesmo com o apoio do Estado. Grande parte dos afetados são idosos, que provavelmente não retomem as atividades”, contou. As principais demandas do município são por móveis e materiais de construção.