Mesmo com a promessa do governo federal de rever acesso aos créditos do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) apenas na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil, deputados gaúchos articulam alteração nos decretos presidenciais.
Heitor Schuch (PSB) oficializa proposta para cooperativas financeiras poderem fazer as operações de crédito. Para ele, os financiamentos especiais com fundo de R$ 1,4 bilhão devem incluir essas instituições consolidadas no Vale do Taquari. “As cooperativas de crédito têm uma forte presença local e desempenham um papel crucial no apoio às comunidades em tempos de crise”, frisa.
Schuch destaca a necessidade de flexibilizar a regra, pois essa limitação pode se revelar problemática em cidades sem a presença de agências dos bancos públicos.
No encerramento da visita da comitiva federal ao Vale do Taquari nessa quinta-feira, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do Gabinete da Presidência, Paulo Pimenta, prometeu que a União vai abrir para outras instituições financeiras a possibilidade de contratualizar financiamentos com as verbas destinadas pelo BNDES.
Prazo para liberação preocupa
Os recursos extraordinários estão confirmados, a dúvida fica em relação ao tempo para liberação. Na próxima semana é esperada a chegada de equipes do banco financiador para orientar as empresas para conseguirem os créditos. O recurso terá juro zero e dois anos de carência para começar a pagar.
Segundo o deputado, o essencial está garantido, agora é fundamental concluir os passos para liberações. “A urgência é indiscutível, pois eventos extraordinários requerem medidas extraordinárias”, ressalta.
A bancada gaúcha, diz o parlamentar, está determinada a intensificar esforços na próxima semana para garantir o sucesso da liberação para cooperativas.
Antecipação de emendas
Os deputados da bancada gaúcha pretendem firmar um pré-acordo voltado para antecipar 25% dos recursos das emendas de 2024 para os municípios prejudicados pelas as adversidades climáticas. Os parlamentares do RS têm à disposição cerca de R$ 400 milhões para o próximo ano, dos quais R$ 100 milhões seriam direcionados a uma conta do governo estadual, com o intuito de celebrar convênios com as prefeituras locais e liderar os esforços na reconstrução das cidades.