A abertura da 21ª edição do Festival do Livro do Gustavo Adolfo foi marcada por música, teatro e encontro com autores gaúchos. A programação iniciou ontem, 25, e contou com apresentação da Orquestra do colégio. As atividades ocorrem no Centro Comunitário Evangélico, na Univates e no Centro de Educação Básica Gustavo Adolfo, até o dia 29.
Entre os destaques do festival, está o protagonismo dos alunos, com apresentação de trabalhos e peças teatrais. Um exemplo é o lançamento do Livro da Vida, produzido pelos alunos do 7º ano e apresentado para outras turmas na manhã de ontem.
Um dos autores dos livros da vida é Gabriel Pfeil Vigolo, 13. Ele conta não ter conseguido colocar todos os acontecimentos marcantes da vide dele no livro, mas escolheu histórias engraçadas e curiosas.
“Contei da minha infância, do meus nascimento, de como meus pais me planejaram, algumas histórias engraçadas e uma triste, que foi quando minha avó materna morreu”. Gabriel diz ter ficado nervoso ao apresentar o trabalho em frente aos colegas, mas gostou da atividade. “Depois fui me soltando, foi muito legal”.
Incentivo
Professora de Português e Redação do Ensino Fundamental da escola, Graziela Hofstatter Fracalossi ressalta o envolvimento dos alunos com o festival, desde a leitura de obras dos autores gaúchos, até seminários sobre os livros e customização da escola com os temas estudados. Ainda, os estudantes apresentam um Sarau Literário na noite desta terça-feira, 26.
Para a professora, o encontro com os escritores é a “cereja do bolo”. “Acreditamos muito nesse contato dos estudantes com os autores. Isso acaba incentivando a leitura das obras, eles levam livros para autografar e podem se interessar pelo hábito também”, afirma.
Graziela atua na escola desde a primeira edição do evento, há 21 anos, e diz que o festival começou como uma iniciativa pequena, dentro da biblioteca e se expandiu para as salas de aula.
“Foi crescendo e tem a dimensão que tem hoje. Se tornou um evento grandioso que a gente não abre mão, porque acreditamos muito na leitura, na escrita, na criatividade. É um evento esperado pela comunidade todos os anos”, ressalta.
Tradição e solidariedade
Neste ano, o festival traz como tema “Identidades Gaúchas: há mais traços que nos representam”, com o objetivo de debater a pluralidade da cultura do estado e promover o diálogo para além dos estereótipos tradicionais associados à figura do gaúcho.
O tema também está na escolha dos escritores participantes, todos gaúchos. Entre eles, estão Taiasmin Ohnmacht, Júlia Dantas, Letícia Wierzchowski, Kalunga, Eliandro Rocha e Rosane Castro. A comercialização de livros fica por conta da Livraria Wessel durante o festival.