Conjunto habitacional deve reunir mais de 900 unidades

ESTRELA

Conjunto habitacional deve reunir mais de 900 unidades

Proposta apresentada pelo município aponta bairro Imigrantes como ideal para receber moradias destinadas aos atingidos pela cheia

Conjunto habitacional deve reunir mais de 900 unidades
Mais de 700 casas foram condenadas em Estrela

Levantamento do setor de engenharia da prefeitura de Estrela aponta que cerca de 780 casas foram condenadas, enquanto 84 foram totalmente destruídas em razão da cheia do Rio Taquari, o governo municipal busca alternativas para acomodar as famílias que estão sem residência. Um dos projetos apresentados é a construção de um conjunto habitacional com cerca de 900 unidades.

Após análise de algumas áreas nos bairros de Estrela, o governo municipal encaminhou como proposta o levantamento de seis blocos de quatro andares. O bairro escolhido foi o Imigrantes devido a estrutura urbana oferecida na localidade, como proximidades com escolas, Unidade Básica de Saúde e espaços de lazer. O local foi aprovado pela Defesa Civil Nacional e passa por avaliação da Secretaria da Habitação e Regularização Fundiária.

A secretária de Desenvolvimento Social e Habitação (Sedeh), Renata Cherini, destaca que no terreno selecionado a cota é 40 metros. Ela também explica que seria necessário desapropriar parte da área. “Tem cerca de 200 casas, mas pretendemos conversar com essas famílias e construir o projeto junto a elas. De qualquer forma, há uma área que já é de propriedade da prefeitura, onde poderíamos construir cerca de 600 unidades habitacionais”, afirma.

A proposta segue em análise pelos governos estadual e federal e após, a administração municipal deve providenciar um projeto elaborado pela equipe de engenharia e avançar na captação de recursos para a construção. Devido à situação de emergência, caso o plano seja aprovado, a expectativa é que o conjunto habitacional leve cerca de seis meses para ser finalizado.

Moradias temporárias

Cerca de 120 pessoas seguem abrigadas no ginásio Ito Snel. O objetivo da Sedeh é acomodar essas famílias em “casas containers”. A medida busca oferecer mais privacidade para a população que não tem condições de retornar às residências e segue em espaço coletivo. A Associação dos Servidores Públicos Municipais de Estrela (Aspume) disponibilizou a área da sede campestre para colocação das residencias provisórias.

As casas possuem cerca de 18 metros quadrados e contam com banheiro, chuveiro e capacidade de abrigar uma família inteira. Na avaliação da secretária, pelo menos 50 residências temporárias devem atender os grupos desalojados. O custo das casas gira em torno de R$ 70 mil reais.

O prefeito de Estrela e presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), Elmar Schneider sugeriu ao governo do Estado que fizesse a aquisição das casas containers. Segundo ele, os espaços podem ficar à disposição da Defesa Civil estadual e serem deslocadas conforme a necessidade para áreas que tenham pessoas desalojadas devido às catástrofes.

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