A vigilância epidemiológica de Lajeado confirma 10 casos suspeitos de leptospirose. Os pacientes apresentaram sintomas como dor de cabeça, dor no corpo e febre. Não houve nenhuma internação. Atendimentos são feitos nos ambulatórios, com início da medicação.
“Quando a gente tem um histórico de contato com possível área contaminada com a urina de ratos e o paciente apresenta um quadro de sintomas sugestivos, já é considerado suspeita e inicia com o antibiótico”, destaca a coordenadora da vigilância epidemiológica, Juliana Demarchi.
Depois de medicado, o caso é acompanhado e, sete dias após o primeiro sintoma, é feita a coleta de sangue para confirmar a doença. “A leptospirose é uma das doenças relacionadas à enchente. Não tanto no primeiro momento, mas depois, quando as pessoas voltam para suas residências e começam a fazer a limpeza onde provavelmente teve a presença de roedores”.
De acordo com Juliana, os sintomas podem aparecer desde um dia após o contato com o ambiente contaminado, até 30 dias, com uma média de início de manifestação dos sintomas entre cinco e 14 dias após o contágio.
“Vamos ter esse trabalho de monitoramento, pelo menor até o início de outubro, pensando em uma contaminação relacionada a esse momento que estamos vivendo”, afirma a coordenadora.
A orientação, segundo a profissional, é que de pacientes que tiveram contato com a enchente na limpeza dos ambientes atingidos e que tiverem sintomas como dor no corpo, dor de cabeça e febre, devem buscar um atendimento de saúde com urgência. Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos municípios atendem os casos. Se for suspeita da doença, os médicos encaminham a medicação.