O prefeito Amilton Fontana concedeu entrevista ao Frente & Verso na manhã desta quinta-feira, 7. “A situação é muito difícil. Hoje não tem nada em Roca Sales, não existe mais nada”. O rio subiu mais de 2 metros na principal avenida, a Av. General Daltro Filho, onde se concentrava a maior parte do comércio.
De acordo com o prefeito, em torno de 70% do que existia em Roca Sales foi afetado ou destruído. No interior, as localidades de Picão, Pinheirinho e Encruzilhada foram muito atingidas.
“Nós avisamos que a enchente viria, que as famílias precisavam sair de casa. Levamos aos ginásios. Mas o rio chegou em um ponto que não podíamos mais nos deslocar e ir ao encontro dessas pessoas, foi muito rápido”, conta. Conforme Fontana, se o Exército não tivesse vindo para o resgate, mais vidas teriam sido perdidas. Roca Sales já soma nove vítimas.
Nesta quinta-feira, 7, instituições se deslocaram à cidade para ajudar no setor da saúde. O Hospital Bruno Born de Lajeado organiza uma estrutura para atendimentos de saúde. Um grupo da Univates também chegou pela manhã. Em Roca Sales, o Posto de Saúde no bairro Sete de Setembro está funcionando, já que não foi atingido pelas águas.
A cidade registra um grande movimento nesta quinta-feira, 7. O prefeito pede que somente quem for ajudar com força de trabalho se desloque para o município. “Os seus familiares estão bem, todos as pessoas que estão nos ginásios estão assistidas, tem comida, água e roupas”, garante.
Identificação das vítimas
Conforme o prefeito, os corpos encontrados em Roca Sales foram levados para Muçum. O reconhecimento das vítimas por familiares ocorre no Hospital de Muçum.