A Orquestra Gustavo Adolfo/Univates anuncia novidades. Natural de Teutônia, Astor Dalferth, 58, assume a liderança do grupo de 30 músicos. Com décadas de experiência, Dalferth atua em outras orquestras pelo Vale do Taquari, como a Orquestra de Teutônia e de Imigrante, onde também é maestro. “Estou muito feliz, é um novo desafio na minha trajetória. Me sinto prestigiado e preparado também”.
Diretor do Colégio Gustavo Adolfo, Edson Wiethölter, explica que o movimento vai ao encontro do projeto de transformar a Orquestra GA/Univates em uma orquestra filarmônica, com cerca de 80 integrantes. O planejamento iniciou em 2019, quando a orquestra do colégio se tornou uma parceria com a universidade.
A meta é consolidar a orquestra filarmônica até 2030. Para isso, outros 50 músicos serão treinados e incorporados ao grupo atual. “O Vale do Taquari merece uma orquestra sinfônica desse porte”, destaca Dalferth.
Conforme o maestro, existem desafios pertinentes. “Um grupo desse nível exige instrumentos que, historicamente, nós não somos formadores aqui no Vale, em especial, os de cordas”, explica. Para isso, núcleos com aulas específicas estão sendo organizadas pelas instituições. “É um trabalho de vários anos, mas que vai a passos firmes e planejados”.
Para o ensino dos instrumentos de corda, uma professora já foi contratada e os materiais adquiridos. Nos próximos anos, cerca de 40 músicos passarão pelo núcleo. O foco é em jovens entre 9 e 14 anos, mas o projeto é aberto à comunidade. Um edital é publicado todos os anos para a seleção dos interessados. “A participação é gratuita na orquestra, mas é preciso dedicação e empenho”, destaca Wiethölter.
Conforme o diretor, a orquestra filarmônica vai conectar o Vale com o mundo e precisa do engajamento de toda a comunidade. Nesse sentido, o apoio financeiro das instituições também é importante. “É um projeto para todo o Vale. Nós queremos tornar essa região cada vez mais inteligente e desenvolvida. E, para isso, precisamos de cultura”.
Um pouco sobre o novo maestro
Músico desde a infância, Astor Dalferth cresceu em uma família ligada à área. “Também tive experiência como músico militar, quando atuei na base militar de Canoas”. Graduado em música pela Uergs, toca múltiplos instrumentos e tem experiência em arranjos e até composições. “A música faz parte de tudo na minha vida. Aceitei esse novo desafio porque envolve a comunidade em um projeto muito bacana”.
Agora, o antigo maestro Éderson Drebes passa a ser suplente e a integrar a orquestra como músico. Além disso, Drebes também assume a outra orquestra do Gustavo Adolfo, de cunho mais preparatório, somente com alunos da escola.