Banco de sangue alerta para baixo estoque

VALE DO TAQUARI

Banco de sangue alerta para baixo estoque

Demanda diária é de pelo menos 40 doadores no Hemovale. Média nas últimas semanas tem sido metade do necessário. Campanha Junho Vermelho apela à conscientização para garantir atendimentos

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Atualizado sábado,
10 de Junho de 2023 às 08:14

Banco de sangue alerta para baixo estoque
Para cada doação é possível salvar a vida de quatro pessoas. No banco de sangue da região, média diária para manter estoque precisa de 40 coletas

“A gente só começa a se preocupar com doação de sangue quando sentimos na pele”. A afirmação da comerciária de Encantado, Eliane Santin, serve de advertência à sociedade.

Ela virou doadora de sangue faz dez anos, após o tratamento do pai contra um câncer. Depois de toda a dificuldade familiar, se tornou presença recorrente no Hemovale, junto ao Hospital Bruno Born (HBB), em Lajeado. “Me sinto bem pois estou ajudando outras pessoas”, frisa.

O movimento na manhã dessa sexta-feira estava acima do esperado. Corredores cheios de doadores. Entre eles, o morador de Estrela, Rafael Schefer. “Sou doador faz uns cinco anos. Fiz os testes de saúde, mostraram que posso ser doador e resolvi ajudar.”

Para ele, atos solidários costumam repercutir na própria vida. “Sempre que ajudamos, tudo retorna para nós. Nunca sabemos quando vamos precisar. Não estamos livres de também precisar de sangue.”

A secretária de escola, natural de Cruzeiro do Sul, Cristina Dienstmann, tem opinião similar. Virou doadora após uma palestra da equipe do Hemovale no colégio onde trabalha, em Linha Sítio.

Quando conheceu os detalhes e que não havia impeditivos, passou a frequentar o Banco de Sangue. “Já faz dez anos que venho aqui.”

Apesar do engajamento de doadores com presença recorrente, a enfermeira responsável pelo Hemovale, Marina Vieira, adverte: “estamos com estoques baixos e poucos doadores.”

Por dia, diz, são necessárias pelo menos 40 coletas por dia. Nas últimas semanas, ficou em no máximo 20. “Só que a demanda não reduz. Atendemos todos municípios da região e ainda hospital de Montenegro. Por vezes, ficamos com os estoques quase vazios.”

Conscientização
Neste mês ocorre a campanha Junho Vermelho. A iniciativa nacional busca conscientizar sobre a importância do ato de doar sangue. Para conseguir mais adesão das pessoas, o Hemovale mantém um canal de diálogo aberto pelas redes sociais.

Outra forma de facilitar o acesso é por meio do agendamento das coleta. Interessados podem ligar para (51) 3748-0442. O atendimento é de segundas às sextas das 7h30min às 13h e aos sábados das 7h às 11h.

Campanha
das empresas
O instituto Unimed VTRP promove o Dia C – Dia de Cooperar. A iniciativa vai do dia 14 deste mês até 1º de julho. A partir disso, quem doar sangue nos hemocentros de Santa Cruz do Sul, Lajeado ou Venâncio Aires pode ganhar um presente surpresa da Unimed.

“Somos uma cooperativa médica que tem a vocação de cuidar da saúde das pessoas. Pensando em contribuir cada vez mais com a nossa região, estamos levando nosso propósito para cada vez mais pessoas. A doação de sangue combina perfeitamente com isso”, salienta o presidente da Unimed VTRP, médico Neori Gusson.

A Florestal Alimentos também fechou parceria com o Hemovale. Com o intuito de incentivar a doação de sangue, a empresa lançou a campanha “Doar sangue deixa a vida mais doce.”

A data em que é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue é 14 de junho, e durante toda a semana, de 12 a 17 de junho, todas as pessoas que doarem sangue, em Lajeado, serão presenteadas com uma barra de chocolate ao leite, com raspas da tradicional Balinha do Coração.

Quem pode doar

Pessoas com boas condições de saúde e que cumpram os seguintes requisitos:

• Ter idade entre 16 e 69 anos
• Ter peso superior a 50 quilos
• Última doação há mais de 90 dias (mulheres), mais de 60 dias (homens) e 180 dias (acima de 60 anos)
• Não estar grávida e não ter tido parto ou aborto há menos de três meses
• Estar fora do período de amamentação
• Não ter tido gripe ou febre nos últimos 15 dias
• Não apresentar fator de risco ou histórico de doenças infecciosas transmissíveis por transfusão
• Não ter diabetes ou epilepsia

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