“Sempre digo que a dança nos escolhe”

ABRE ASPAS

“Sempre digo que a dança nos escolhe”

Aos 40 anos, Eduardo Fonseca Menezes encontra na dança sua paixão. As coreografias estão na vida dele desde a adolescência. Natural de Rio Grande, o coreógrafo e empresário é jurado pela segunda vez no Festival Dança Bom Retiro, que segue até este domingo, dia 4.

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“Sempre digo que a dança nos escolhe”
Eduardo Fonseca Menezes (Foto: Arquivo Pessoal)
Bom Retiro do Sul
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Conte um pouco da sua história na dança. Quando essa paixão começou?
Quando eu era pequeno, olhava o Michael Jackson na televisão. Ficava imitando os passos e as coreografias. Aos 16 anos, descobri que poderia fazer aulas de dança. Então comecei nesse mundo e nunca mais parei. Ainda lembro da minha primeira apresentação, foi a realização de um sonho. Naquele dia, percebi que queria fazer isso pelo resto da vida.

Quando começou a trabalhar na área?
No segmento da dança, sou coreógrafo e também atuo como professor de dança contemporânea, o gênero que mais me identifico. A primeira coreografia que montei foi ainda aos 16 anos, dentro da escola onde tinha aulas. Era uma dança para duas bailarinas. Lembro que, no dia da apresentação, nem cheguei a olhar porque fiquei tão nervoso que só conseguia rezar para dar tudo certo. Na segunda vez, eu acompanhei, era num festival. É muito especial ver a coreografia que estava na tua cabeça se desenrolar em outros corpos. Lembro de ter olhado e me perguntado: ‘Fui eu quem fez isso?’

Além de coreógrafo, você tem uma agência de marketing. Quando decidiu trabalhar com isso também?
Morei muitos anos em São Paulo, onde trabalhava como coreógrafo. Com o tempo, percebi que também queria fazer algum outro tipo de arte, além da dança, então comecei a mexer com redes sociais, audiovisual, até que um dia decidi montar uma agência.

O que a dança representa para você?
Dançar é fazer, é a maneira que eu me comunico melhor, sem dizer uma única palavra. Sempre digo: a gente não escolhe a dança, ela nos escolhe. Um momento inesquecível para mim foi no Festival de Dança de Joinville, a maior competição do mundo, em 2007. Naquele ano, fui escolhido como coreógrafo revelação.

Você já foi jurado no Dança Bom Retiro em 2022. Como foi essa experiência?
Recebi o convite por indicação de uma amiga. Já sou jurado de festivais e concursos há uns 10 anos. Gosto muito de contribuir e dar um olhar novo sobre as coreografias das pessoas. O Dança Bom Retiro não foi diferente. Fui muito bem tratado. O evento estava muito legal e vi de tudo nas apresentações.

Esse ano você foi convidado mais uma vez. Qual a expectativa?
Fiquei muito feliz com o convite, é um festival muito bacana e que gosto de participar. Ver as pessoas envolvidas com a arte e a dança me motiva. É muito bom ver os jovens indo atrás desse sonho e vivendo ele, porque, muitas vezes, a dança acaba ficando gaveta, e só mais tarde correm atrás.

Se pudesse dar uma dica para o pessoal que vai se apresentar, qual seria?
Para as crianças, sempre digo que o essencial é se divertir no palco. Mas acho que, no geral, o mais importante é se entregar. É tanto trabalho e ensaio para poucos minutos, é preciso fazer valer a pena.

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