“Posso até ficar sem carro, mas sem moto não”

ABRE ASPAS

“Posso até ficar sem carro, mas sem moto não”

Para Luis Fernando Dexheimer, de 63 anos, as motos têm um significado especial. Mais do que a parte central do negócio que ele administra desde 1986, também fazem parte da vida de Dexheimer desde tenra idade. Neste fim de semana, ele foi um dos participantes do 6º Moto Rock, ocorrido no Parque do Imigrante em Lajeado.

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“Posso até ficar sem carro, mas sem moto não”
Raica Franz Weiss
Lajeado

Quando começou o seu gosto por motos?

Nunca fiquei sem ter uma moto, sem carro sim, mas moto não. Ando desde os meus 13 anos de idade, fiz a CNH no mesmo dia em que completei 18 anos, livre leve e solto. Naquela época, iniciávamos de manhã e, no fim da tarde, já tínhamos a carteira na mão. Lembro que na primeira volta que fui dar, com uns 13 anos, acabei caindo, só sabia andar de bicicleta.

Quando conseguiu sua primeira moto?

Comecei a trabalhar como estagiário no Banco do Brasil, juntei um dinheiro para comprar. Eu nem tinha carteira, mas, naquela época, as coisas eram diferentes. Lembro que tinha um guarda na cidade que implicava, a gente fugia dele. Se sabíamos que estava no bairro Florestal, íamos para o Americano.

Quando decidiu empreender no segmento?

Durante a década de 1980, eu trabalhava de supervisor numa empresa. Meus pais tinham um chalé de madeira no bairro Americano e eu decidi construir um novo espaço para eles. Aproveitei também para fazer a escola de música da minha esposa no local. Quando ficou pronto, lá por 1986, pensei que poderia abrir um negócio ali. Como sempre gostei de comprar e vender carros e motos, decidi empreender no segmento. Às vezes brinco que está no sangue da família, já que meu avô era tropeiro, um comerciante.

Qual a motivação para continuar, depois de tantos anos?

São mais de três décadas, enfrentamos muitas crises na empresa. Hoje em dia temos que ser muito criativos para chamar atenção da clientela, sem desanimar. Me orgulho muito em ver que meu negócio está há tanto tempo de pé. Acho que o mais bacana nisso tudo são as relações que a gente cria. Tu constrói uma confiança com o cliente que não tem preço, em especial, quando tu fecha um negócio em que o cliente fica feliz e agradecido. Isso é fruto de um trabalho sério, meu mecânico, por exemplo, está comigo há 34 anos, porque o trabalho é bem feito.

Você participou do 6º Moto Rock de Lajeado, como foi a experiência?

Eu participo desde a primeira edição. Antes da pandemia, tínhamos um grupo muito forte, mas o engajamento caiu depois disso. Mas o tempo estava bom no sábado e reuni alguns amigos. Gosto muito do desfile que sempre acontece pelas ruas de Lajeado. Dá um arrepio e um ânimo passar pelas pessoas na rua. É muito divertido. O evento também é bacana, vem motociclistas de todos os lados para participar, tem excelentes bandas tocando também.

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