Exposição humaniza vivências no presídio feminino

PROJETO MARIAS

Exposição humaniza vivências no presídio feminino

Inaugurada na noite de ontem, 23, a mostra “Expressões no Cárcere Feminino” reúne fotografias e relatos de mulheres privadas de liberdade e voluntárias no prédio 9 da Univates

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Exposição humaniza vivências no presídio feminino
Fotografias e textos de mulheres privadas de liberdade e voluntárias fazem parte da exposição “Expressões no Cárcere Feminino”, inaugurada na noite de terça-feira, 23, na Univates. A iniciativa é do projeto de extensão Marias: Corpo e Linguagem na Instituição Prisional e está aberta à comunidade até o fim do mês, no espaço de arte do prédio 9 da universidade. Crédito: Bibiana Faleiro
Lajeado
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Fotografias e textos de mulheres privadas de liberdade e voluntárias fazem parte da exposição “Expressões no Cárcere Feminino”, inaugurada na noite de terça-feira, 23, na Univates. A iniciativa é do projeto de extensão Marias: Corpo e Linguagem na Instituição Prisional e está aberta à comunidade até o fim do mês, no espaço de arte do prédio 9 da universidade.

Além de apresentar o trabalho desenvolvido pelas integrantes do projeto no Presídio Estadual Feminino de Lajeado Miguel Alcides Feldens, a exposição busca contribuir para a humanização do cárcere e a qualificação das relações dentro da entidade, com atenção, cuidado e comunicação entre as mulheres detentas.

De acordo com a coordenadora do projeto Marias, Silvane Fensterseifer Isse, a exposição marca o Dia Nacional do Detento, neste 24 de maio, como uma reflexão sobre o encarceramento, assim como discutir formas de transformar o período do cárcere em aprendizagem e transformação de homens e mulheres.

A mostra é uma reunião de fotografias e outros materiais produzidos pelas mulheres do presídio e um conjunto de textos escritos pelas estudantes do curso de Letras da universidade, a partir das imagens. Também há passagens do livro Marias: histórias para além das grades, publicado em 2021.

Projeto Marias

Conforme conta Silvane, o projeto Marias foi criado em 2017, como um eixo da iniciativa Veredas da Linguagem. “Desde lá a gente tem ido toda sexta-feira de manhã trabalhar com práticas corporais e artísticas, dança, alongamento, fotografia, pintura, a gente vai diversificando, com a ideia de que o movimento e a linguagem são dois provocadores do pensamento e das relações”, destaca a coordenadora.

De acordo com ela, o maior objetivo do projeto é contribuir para a humanização do processo de permanência das mulheres detentas, para que possam interagir e dialogar. “A gente deseja que essas mulheres se percebam de uma forma positiva, descubram uma autoimagem bacana e consigam produzir suas potencialidades”. Silvane destaca que as participantes do projeto são todas voluntárias e dedicam duas horas da semana para compartilhar e ouvir experiências no presídio feminino de Lajeado.

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