A falta de cuidados e manutenção nos cabos de telefonia e fibra óptica causaram transtornos no centro da cidade. No início da tarde de ontem, 15, um caminhão arrebentou parte da fiação na esquina das ruas Júlio de Castilhos e Treze de Maio. A situação começou a chamar a atenção de moradores e pessoas que trabalham próximo ao local ainda na quarta-feira, 10, após um caminhão atingir os fios, mas sem rompê-los. Os cabos ficaram parcialmente soltos e suscetíveis a veículos mais altos.
Na sexta-feira, 12, funcionários de uma agência bancária e moradores de um prédio localizado entre as ruas protocolaram um pedido de providências junto ao Procon do município, vinculado à Secretaria de Administração e Segurança Pública. De acordo com o documento, empresas e edifícios estariam à perigo.
O caso foi encaminhado à operadora Oi, responsável pelo cabeamento em questão, que teria cinco dias úteis para se posicionar. No entanto, no dia útil seguinte os fios foram rompidos e geraram uma série de transtornos. O prejuízo inicial foi aos clientes da companhia, que ficaram sem acesso aos serviços.
Danos materiais
Um automóvel estacionado em frente à agência bancária teve a lataria danificada pelos cabos de aço também quebrados. “Vamos acionar a operadora de forma administrativa”, sinalizou a advogada representante do proprietário do automóvel. Funcionários do governo municipal relataram que não obtiveram sucesso em tentativas anteriores de contato com a Oi.
Além da dificuldade de acesso à instituição financeira, as câmeras de vigilância foram atingidas e necessitaram de reparo. “Havíamos alertado do risco que os cabos baixos representavam. Por sorte ninguém foi atingido, pois poderia gerar uma situação mais grave”, frisou Ivete Radaelli, gerente-administrativa da agência.
Responsabilidade das operadoras
A reportagem fez contato com a RGE, que concede espaço nos postes de energia elétrica para as instalações telefônicas e de internet. A companhia destacou, em nota, que emite notificações ao identificar eventuais irregularidades das ocupantes, mas que estas são responsáveis pela manutenção dos cabos e fios e “devem mantê-las regularizadas, observando as normas técnicas e regulatórias”.