35 anos de Imigrante

Opinião

Raica Franz Weiss

Raica Franz Weiss

35 anos de Imigrante

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O próprio nome do pequeno município já conta parte de sua história. Documentos falam que a denominação se refere à descendência de grande maioria da população, que é oriunda de imigrantes europeus. O território em si provém da junção de dois distritos: Arroio da Seca pertencia a Estrela e Daltro Filho a Garibaldi.

Os primeiros imigrantes italianos vieram da antiga Colônia Conde d’Eu, atual Garibaldi. Naquele tempo, parte de Imigrante era conhecida como “povoado de Castro”, já que, por volta de 1919, o nome oficial do distrito era Azevedo Castro. Já as terras de Arroio da Seca, juntamente com Corvo (hoje Colinas), faziam parte da Fazenda Beija-Flor e foram colonizadas a partir de 1882. Os primeiros imigrantes chegaram pelo Arroio da Seca, das famílias Tonini, Prediger, Mildner e Kaplan.

A localidade de Arroio da Seca era o centro de um conjunto de picadas e se tornou distrito de Estrela em 1955. A emancipação chegou quase trinta anos depois, em 1988, quando o plebiscito registrou cerca de 80% dos votos a favor. Alguns anos depois, em 1996, o município de Westfália se emancipou e Imigrante perdeu parte de seu território.

Em frente à Igreja Evangélica de Arroio da Seca há um monumento que destaca o ano de 1882 como o marco inicial da colonização da comunidade, Crédito: Arquivo/ A Hora


O Convento São Boaventura durante os anos 1960. Crédito :Convento Franciscano São Boaventura

Símbolo de fé

O Convento Franciscano São Boaventura é uma parte importante da história de Imigrante. Ele foi construído por freis da Ordem de Francisco, vindos da Holanda. Sua construção foi feita em etapas e iniciou em 1939, com as chamadas pedras grês, material abundante na localidade.

A estrutura completa do convento só foi finalizada em 1952. Além do legado arquitetônico do espaço, o São Boaventura também preserva o túmulo do Cardeal Dom Aloísio Lorscheider, nascido em Estrela e estudante do convento durante a década de 1940.


Aniversário de Relvado

Com pouco mais de 2 mil habitantes, Relvado também completa 35 anos de emancipação no dia 9 de maio. As primeiras terras habitadas foram no entorno do Arroio Jacaré, ainda no século XIX. Registros falam que as primeiras famílias foram Cagliari, Benini, Bergamaschi, Pavan, Bonassoni e Tomasini.

A primeira capelinha data de 1908, abençoada pelo padre Máximo Rinaldi. No início, religiosos de Encantado e Lajeado vinham atender a pequena comunidade. Naquele tempo, essas cidades eram os centros comerciais mais próximos de Relvado.

Mesmo assim, poucos anos depois, por volta de 1919, o primitivo núcleo de Relvado já tinha 22 prédios e 122 habitantes, a energia elétrica chegou já em 1930. Nessa mesma década, em 1933, foi criada a Paróquia Santo Antônio de Relvado e o primeiro vigário se estabeleceu na comunidade, o padre João Marchese.

Relvado se tornou distrito em 1935, sob o nome de Santo Antônio de Gramado. Registros contam que havia uma grande mancha de grama na praça central. Poucos anos depois, em 1938, o nome da localidade foi oficialmente alterado para Relvado. A emancipação chegou cinquenta anos depois, em 1988.

A atual Igreja Matriz começou a ser construída em 1950. Crédito: Arquivo Paróquia Santo Antônio de Relvado


HÁ 20 ANOS

Univates iniciava curso de Arquitetura

Duas décadas atrás, a Univates promovia o primeiro vestibular de inverno que oferecia curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo. Naquela época, o coordenador era Ricardo Mascarello e explicava que a graduação seria de 5 anos e, para o primeiro semestre, teria 60 vagas disponíveis.


Enquanto isso…

Crianças sem registro – A Folha de São Paulo noticiava que o número de crianças sem registro de nascimento havia aumentado. Uma pesquisa do IBGE mostrava que 1 em cada 3 crianças nascidas em 2001 não recebeu certidão no primeiro ano de vida. Na época, as estimativas apontavam para mais de um milhão de sub-registros no Brasil. Dados de 2019, quase 20 anos depois, mostram que, naquele ano, cerca de 60 mil crianças não foram registradas, pouco mais de 2% de todos os nascimentos de 2019.

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