Uma ação desenvolvida no Presídio Estadual de Lajeado pretende instalar uma cultura 100% restaurativa. O coordenador de projetos e emergência do Médicos Sem Fronteiras, Samuel Johann desenvolve a iniciativa com o apoio de instituições regionais, nacionais e internacionais. Ele já atuou no Sudão do Sul, na Nigéria, Afeganistão, Guiné, Moçambique, Angola, Camarões, Hieming e no Brasil.
Em entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, na manhã desta quarta-feira, 3, detalha a atuação. Ele explica que por meio da proposta incentiva os encarcerados a pensarem sobre os crimes cometidos e a assumirem responsabilidades pelas consequências dele para as suas vidas e vítimas.
O projeto trabalha em torno de três eixos para criar espaços psicologicamente seguros por meio do círculo de construção da paz, que objetiva desligar o instinto de luta e fuga do presidiário. Oferece suporte aos servidores do sistema prisional de forma a criar espaços de diálogos, informações e capacitação. E aproxima a sociedade com a causa.
A proposta está em plena operação há 6 meses. Já atendeu mais de 150 apenados e formou 50 como facilitadores de círculos de construção de paz. Agora, os detentos formados serão soltos, e os resultados do projeto mensurados de forma prática.
Johann destaca três resultados obtidos até o momento: funcionários criaram projetos de assessoria na área de convívio; apenados trabalham após serem liberados; e a ocupação de dois pavilhões dentro do presídio para empresas utilizarem a mão de obra.
Assista a entrevista na íntegra