Ex-assessor de Jair Bolsonaro é preso em operação da PF

POLÍTICA

Ex-assessor de Jair Bolsonaro é preso em operação da PF

Celular do ex-presidente também foi apreendido. Investigação apura possível fraude em dados sobre vacinação contra Covid-19

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Atualizado quarta-feira,
03 de Maio de 2023 às 19:06

Ex-assessor de Jair Bolsonaro é preso em operação da PF
Bolsonaro e o ex-assessor Mauro Cid. Crédito: Divulgação
Brasil
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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (3) a Operação Venire, que investiga a inserção de dados falsos de vacinação contra a covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro. Um deles foi na casa onde ex-presidente Jair Bolsonaro vive com a família.  O celular dele foi apreendido. A investigação busca apurar se o antigo chefe de Estado, seus familiares e pessoas próximas fraudaram cartões para conseguir viajar aos Estados Unidos. Ele nega.

Entre os seis detidos na manhã de hoje está o tenente-coronel Mauro Cid, antigo assessor de Jair Bolsonaro. A informação foi confirmada pela defesa dele. Por meio de nota, a corporação informou que também está sendo feita análise do material apreendido durante as buscas e a realização de oitivas de pessoas que detenham informações sobre o caso.   “As inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a covid-19 dos beneficiários”, destacou a PF.

“Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes impostas pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa”, completou. Ainda conforme a corporação, o objetivo do grupo seria “manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a covid-19”.

As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação das chamadas milícias digitais, em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). Os fatos investigados configuram crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

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