“Palhaço não tem problema no picadeiro, fora dele é uma pessoa normal”

ABRE ASPAS

“Palhaço não tem problema no picadeiro, fora dele é uma pessoa normal”

O Circo Fantástico volta a ser atração em Lajeado após 11 anos. Entre os mais de 60 integrantes do grupo que se apresenta nas próximas três semanas no município, está Carlos Antônio Rodrigues, 53, conhecido também como Palhaço Maxixinho. Nascido no Ceará, conta que desde criança sempre foi atraído pelas atrações circenses e está na estrada faz mais de 30 anos.

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“Palhaço não tem problema no picadeiro, fora dele é uma pessoa normal”
Crédito: Divulgação
Lajeado

De onde surgiu o Palhaço Maxixinho?

O Maxixinho veio do Ceará. No entanto como vivemos na estrada, acabo nem tendo mais um lugar fixo para chamar de meu. A sede do Circo Fantástico é no Paraná, mas o Maxixinho e as outras atrações são do mundo.

Por que este nome?

É um legume. Meu pai era o palhaço Maxixe. Segui a profissão e como filho levei o nome Maxixinho. No nordeste é um legume que usamos muito no feijão. Sou o Maxixinho já fazem 32 anos. Meu pai nasceu em circo e eu curiosamente só conheci ele aos 22 anos. Mesmo assim segui a mesma profissão dele.

O quão difícil é fazer as pessoas darem gargalhadas?

O mais difícil é quebrar a barreira e fazer todos darem risada. Nós procuramos atrair muito as crianças. Às vezes os pais chegam fechados, acham que estão só levando os filhos para a diversão, mas se divertem mais que os pequenos.

O palhaço precisa estar alegre sempre? Não tem problemas?

Palhaço não tem problemas no picadeiro, fora dele é uma pessoa normal. Nós temos problemas sim, mas sempre procuramos não passar para o público. Na verdade somos atores, estamos sempre interpretando a figura alegre e irreverente do palhaço.

Como define o Maxixinho?

Alguns circos têm palhaços que não falam. Que só fazem mímica, tem um apito. Eu sou um palhaço raiz. Falo bastante, faço vozes, chamo o público para interagir no palco. Sou uma das várias atrações especiais que apresentamos.

Como acompanha as transformações do circo?

O circo é uma diversão. Uma casa de espetáculo que não tem limites. Pode ir desde o recém nascido até algum idoso já bem velho. Acho que é uma arte milenar e que não tem pretensão de se perder.

Trocaria o circo por outra atividade?

Na verdade não. É como uma cidade sobre rodas. A gente gosta muito, porque conhece pessoas e culturas diferentes. O mundo é uma escola. A gente aprende muitas coisas e ainda temos muito o que aprender.

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