De onde surgiu o Palhaço Maxixinho?
O Maxixinho veio do Ceará. No entanto como vivemos na estrada, acabo nem tendo mais um lugar fixo para chamar de meu. A sede do Circo Fantástico é no Paraná, mas o Maxixinho e as outras atrações são do mundo.
Por que este nome?
É um legume. Meu pai era o palhaço Maxixe. Segui a profissão e como filho levei o nome Maxixinho. No nordeste é um legume que usamos muito no feijão. Sou o Maxixinho já fazem 32 anos. Meu pai nasceu em circo e eu curiosamente só conheci ele aos 22 anos. Mesmo assim segui a mesma profissão dele.
O quão difícil é fazer as pessoas darem gargalhadas?
O mais difícil é quebrar a barreira e fazer todos darem risada. Nós procuramos atrair muito as crianças. Às vezes os pais chegam fechados, acham que estão só levando os filhos para a diversão, mas se divertem mais que os pequenos.
O palhaço precisa estar alegre sempre? Não tem problemas?
Palhaço não tem problemas no picadeiro, fora dele é uma pessoa normal. Nós temos problemas sim, mas sempre procuramos não passar para o público. Na verdade somos atores, estamos sempre interpretando a figura alegre e irreverente do palhaço.
Como define o Maxixinho?
Alguns circos têm palhaços que não falam. Que só fazem mímica, tem um apito. Eu sou um palhaço raiz. Falo bastante, faço vozes, chamo o público para interagir no palco. Sou uma das várias atrações especiais que apresentamos.
Como acompanha as transformações do circo?
O circo é uma diversão. Uma casa de espetáculo que não tem limites. Pode ir desde o recém nascido até algum idoso já bem velho. Acho que é uma arte milenar e que não tem pretensão de se perder.
Trocaria o circo por outra atividade?
Na verdade não. É como uma cidade sobre rodas. A gente gosta muito, porque conhece pessoas e culturas diferentes. O mundo é uma escola. A gente aprende muitas coisas e ainda temos muito o que aprender.